segunda-feira, 28 de março de 2022

O Mundo das Formas - 2ª Parte


De volta ao  Mundo das Formas, vamos agora analisar as formas mais subtis que nos causam apegos. Trata-se fundamentalmente dos nossos sentimentos, sistemas de crenças e mitos. Alguns deles inerentes à nossa própria condição humana e a toda evolução que a nossa espécie sofreu ao longo de milhões de anos de existência planetária.

Talvez te faça alguma confusão que os teus sentimentos sejam eles também formas, isto porque achas que eles são meramente fomentados pelo o que há de mais subtil em ti, mas não te podes esquecer que muitos dos nossos estados emocionais estão intimamente relacionados com os neurotransmissores, hormonas e outros agentes químicos produzidos no teu corpo.

Um exemplo disto é a seratonina, em grande parte responsável pelo teu bem-estar, a ponto de lhe chamarem a hormona da felicidade. Outro é a influência da dopamina no regular funcionamento da tua componente intelectual e da memória, isto para não falar da adrenalina, que prepara todo o teu ser para situações extremas e que é ela própria extremamente viciante.

Perante isto é fácil de entender que os sentimentos e as formas emocionais que vamos criando dependem em cada momento da nossa estrutura bioquímica  e energética física, as quais  pelo seu lado estão associados a todo um sistema de crenças e mitos que condiciona todos os nossos pensamentos e emoções.

Um exemplo disso é a relação de pais e filhos. Claro que há sempre o aspecto instintivo de proteção das novas vidas que se vão criando através do processo de reprodução e isso é comum em quase todas as espécies animais mais evoluídas. Porém é claramente manifesto a grande dependência das crias humanas, relativamente aos seus progenitores, sem os quais a sua sobrevivência seria impossível até bastante tarde no seu processo evolutivo. Tal não é comum em muitos dos outros mamíferos que também habitam o planeta.

Se agora analisarmos essa mesma relação nas diferentes sociedades humanas, vemos como extremos as famílias muito numerosas africanas e as famílias mono filiais nos países nórdicos europeus. Nas primeiras o apego é muito menor o que parece ser compensado por um índice de mortalidade muito maior e por isso os elos energéticos que se estabelecem são completamente diferentes num e no outro caso. No entanto, todos são seres humanos e todos este elos são formas condicionadas pelas estruturas sociais e pelas condições externas ambientais onde a própria vida se desenvolve. Onde ficam os sentimentos? E o Amor nestes dois casos extremos?

Um outro exemplo podemos observar nas artes marciais onde se aplicam princípios da filosofia oriental de controlo do corpo e da mente como forma de desenvolvimento espiritual. Porém também estas estão condicionas por formas que estabelecem a relação entre a arte e a eficácia das técnicas que são aplicadas para a projeção da energia.

Todas estas formas criam apegos em nossas componente mais subtis, sobretudo quando falamos nas componentes que são eternas como a nossa Alma.
Porém em termos consciênciais, o que vai perdurar no tempo, se é que podemos falar desta dimensão neste contexto, é a nossa Alma e todas as suas componentes astrais mais subtis, as quais ao transporem o portal dimensional do desencarne, se devem libertar de todos estes apegos que a tentam aprisionar ao Mundo das Formas.

Lembremo-nos que todos Somos UM. Que independentemente da Forma existe uma Energia  Comum que nos torna Divinos e Eternos. Que nos torna Brilhantes e Esplendorosos.

Esta Energia Essencial que cada um É, simplesmente não depende de Forma alguma. Simplemente É... AMOR.

Fica bem.

(A Mónada)

segunda-feira, 14 de março de 2022

O Mundo das Formas - 1ª Parte


Já em muitas ocasiões temos falado dele, no entanto é necessário que ganhemos consciência do que verdadeiramente ele é pois, provavelmente julgam-no meramente físico, palpável e tangível. No entanto, não é só isso.

Tudo quanto existe no Universo é constituído por matéria visível (apenas 4%), matéria escura (apenas 21%) e o resto é energia escura; assim também é constituído o Mundo das Formas de que vos queremos falar.

Pode fazer-vos alguma confusão, pois normalmente julgam que só o que conseguem ver, cheirar, saborear, apalpar ou ouvir é que existe, porém ninguém questiona o funcionamento do seu telemóvel e no entanto ele faz uso de energia que ninguém vê, são as ondas electromagnéticas, que fora da banda visível transporta a comunicação, seja ela voz ou dados, e que até há cerca de duas dezenas e meia de anos nem sequer sonhávamos em vir a utilizar da forma como o fazemos hoje. Com um simples dispositivo tecnológicos que nos cabe no bolso, podemos comunicar com qualquer ser humano independentemente do local onde ele se encontra no Mundo.

Tudo isto faz parte do nosso Mundo das Formas, ao qual nos apegamos muito ao longo da vida, até porque é muito hipnótico e atrativo. Afinal ele é o que naturalmente chamamos de realidade, que conseguimos percepcionar, e por isso necessariamente capta toda a nossa atenção, ao ponto de julgarmos que nada mais existe para além dele.

Para que o pudéssemos experienciar, tivemos que encarnar e nem sempre o fizemos como seres humanos, no entanto, nós não somos o corpo do homem ou mulher que experiencia a Forma, esse é apenas o nosso veículo de expressão. Nós somos o Ser que habita nesse corpo e que dele fazemos uso, tal como quando entramos no nosso carro e o usamos para nos deslocarmos no trânsito.

Sendo apenas energia pura não poderíamos recriar as formas, não tínhamos instrumentos para tal, e essa é uma das razões porque quisemos reencarnar de novo. A outra foi para que pudéssemos experimentar todas as diversas formas que podemos moldar e recriar com base na nossa energia essencial que é o AMOR.

Perguntarão agora: Como assim? O Amor é a essência de toda a Criação? O Ser consciente que habita no nosso corpo é Amor?

Claro!!! Não só o que moldamos com as mãos são Formas. Os nossos pensamentos também são. As nossas emoções e sentimentos também pois elas só existem porque temos um corpo que nos permite experienciar todas estas funcionalidades. No entanto, o corpo também só existe porque existe esta energia, esta essência Amorosa que nele habita e que o mantém em perfeito funcionamento. É esta essência Amorosa, esta presença, que verdadeiramente Somos.

Agora já reparaste que essa presença ou essência Amorosa é sempre a mesma e igual. Ela é a mesma quando tínhamos 5, 10, 15, 20, 30 anos e provavelmente continuará ser a mesma quando tivermos 80 ou mais anos... e no final desta vida ela sairá deste corpo e voltará à sua origem... energia pura e sem forma.

Quando tal acontecer deixaremos este Mundo das Formas... e depois?... Será que nos iremos lembrar da personalidade que fomos? O que acontece às formas todas que criámos ao longo da vida?

Para já repara que esta essência Amorosa, esta nossa presença não depende do tempo, nem da forma para existir... ela é eterna.

Bom... voltaremos a falar deste Mundo em que vivemos...

Para já desafio-te a sentires essa tua essência Amorosa...

Fica bem.


(A Mónada)