"Todas as criaturas têm uma
linguagem, mas só o ser humano dispõe da palavra e, para que essa palavra tenha
realmente um sentido rico, deve tornar-se a expressão do Verbo divino que
apoia, cura, ilumina. Se tiverdes este ideal, a primeira regra para o realizar
é decidirdes não vos deixar arrastar para maledicências, calúnias, ou mesmo
palavras “no ar”. Aprendei a dominar a vossa língua, dizendo: «Se eu não me
controlar, nunca possuirei o verdadeiro poder do Verbo.»
Diz-se tanta coisa durante um dia!
Lançam-se críticas ou acusações com ligeireza, pensando que, se se estiver
enganado ou se se for longe demais, não é grave, será fácil reparar isso. Não,
as pessoas não conhecem o itinerário de uma palavra, as regiões que ela
atravessa e os estragos que ela pode fazer se for violenta ou mentirosa. E que
não se pense que se pode reparar o mal causado pelas palavras pedindo desculpa
ou pagando algumas “perdas e danos”! Face aos humanos, talvez a situação fique
reparada; mas, face às leis cósmicas, nada fica reparado, a culpa
mantém-se."
Um excelente texto de Omraam Mikhaël
Aïvanhov que nos relembra o poder da palavra pensada, falada e escrita.
Mas comecemos por entender que só os
seres humanos têm uma linguagem própria com a qual formulam pensamentos e
sentem emoções. No entanto convencemo-nos ilusoriamente que são estes
pensamentos suportados em linguagem que nos definem e que sem eles seria como
se não existíssemos.
Tal como os outros animais somos
também somos capazes de vivenciar pensamentos através de visualizações
criativas ou se preferirem através da imaginação. O problema é que
desvalorizamos por completo esses mesmos pensamentos que igualmente nos
provocam emoções.
No entanto, o autor do texto foca-se
exclusivamente na energia da palavra e da forma como ela acaba, em primeira
instância, por afetar a nossa energia, prolongando a sua existência bem para
além da formulação das frases, mas não só.
A energia de cada palavra tem o
poder de alterar a vibração de outras entidades que na proximidade captam e se
sintonizam com ela. Esta energia pode ficar memorizada em vários tipos de
suporte, físico e não só, e pode perdurar por tempo indefinido.
O Homem inventou a escrita e com ela
faz com que as memórias associadas às palavras escritas perdurem através de
livros, bibliotecas e mais modernamente através de mediatecas. No entanto,
expressões como “nunca” ou “sempre” têm um impacto que podem durar eternidades,
nesta e em outras dimensões, sobretudo se contiverem compromissos ou juras com
outros seres.
Massaru Emoto, nas suas experiências
com a água, demonstrou como meras intenções e palavras podem alterar a forma
como a água cristaliza e as suas moléculas se organizam. Se assim é, poderemos
imaginar o poder que as palavras que pensamos, escrevemos ou verbalizamos têm, em
primeiro lugar sobre nós, que somos 70% água, e depois nos outros que as
recebem e as processam.
E não julguem que bastará reparar ou
reformular as mesmas. Lembrem-se que uma vez lançadas, as palavras iram fluir
como formas de onda livres e independentes de quem as emitiu e de quem as vai
receber. Se tiverem poder destrutivo, elas irão destruir independentemente do
arrependimento, ou seja qual for a reparação que o seu emissor queira fazer.
Por isso a sua contenção é
extremamente importante. Mas que também que não fiquem palavras por dizer,
sobretudo aquelas que refletirem Amor, Sabedoria, Bom Senso e Paz.
Para que sejam fontes da Expressão
Divina, com a consciência da importância do verbo, sintam-se sempre
profundamente Amados, para que as vossas palavras, pensamentos e atos reflitam
essa energia que afinal é a mesma da nossa essência.
Fiquem bem...
(A Mónada)
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