Uma das mentiras do sistema de pensamento Humano é a ideia de que tudo o que é, tem de ser explicado e entrar no mecanismo de repressão da mente. Saber o porquê é outras das ilusões em que vivemos. Porque senão vejamos…
Quem é que nos apresenta a razão ou a explicação? A mente procura nos seus arquivos das especulações do passado algo que possa ser uma boa ideia. Estamos completamente amarrados a explicações que nada têm que ver com a verdade do que se passa. O pensamento racional assume que a maneira como a informação é associada na mente, por uma mente condicionada, confusa, cansada e incerta, é a resposta certa e segura a tudo o que é… Mas não é.
A vida acontece para além dos significados que a mente condicionada lhe dá. Teremos de ousar ir para além da zona desconhecida para acedermos às imensas possibilidades que a consciência do Ser de LUZ que somos de facto nos oferece.
Querer fugir dos problemas, da sensação de inadequação ou incapacidade, não nos liberta, pelo contrário.
Quanto mais queremos fugir do que nos atormenta ou preocupa, mais nos deixamos perseguir pelo fantasma da resistência que oferecemos.
A mente diz-nos que devemos fugir daquilo que nos fará mal, emprestando-nos o falso senso de refúgio e segurança. Na verdade, é o próprio acto de fuga que nos enfraquece e impede de mudar a experiência que a mente nos ofereceu.
Enfrentar o momento, neutralizando o seu significado, é a forma mais segura de conquistarmos a paz e de mudarmos a realidade.
Além dos falsos porquês que justificam tudo o que é, numa realidade iludida, a mente cria regras dentro das quais parecemos estruturar e consolidar o nosso sentido de identidade. Como uma espécie de ilhas isoladas e solitárias, frágeis e vulneráveis, procuramos nos outros ou nas coisas que nos rodeiam, algo que nos acrescente valor e significado.
O acto de valorizar e dar significado ao que é, em vez de nos permitir uma relação fluida e plena com o Todo, reforça a separação e o sentido de insuficiência. O problema é que atribuímos valor ao que a mente decide ser importante ou relevante para gerar um determinado tipo de vivência ou experiência. Mas a mente deixa-se muitas vezes alimentar a partir do contraste entre opostos, isto é, a partir de conceitos que por si mesmos já são meras fantasias.
Não podemos dar valor a algo que não tenha significado. O valor é atribuído para garantir a permanência do significado, reparem que se algo tiver valor para nós é porque de alguma forma nos compensa perante a sensação de não sermos suficientes e por isso, e por muito estranho te possa parecer, tudo ao qual atribuímos valor, cria a ilusão de que nesse valor está um pouco de nós.
Repara que sendo assim, o valor está associado ao significado do que vemos e o mundo torna-se para nós num imenso depósito de “post its” sobre o qual a mente vai projectando valor.
Sobre esta forma de percepcionar o mundo jaze a nossa personalidade, o nosso ego, aquilo que acreditamos sermos nós… mas não somos… não somos só isso.
Não existe personalidade alguma, por mais brilhante que seja, que possa ser comparável a Quem tu és.
Tu ÉS A IMENSA LUZ encarnada PLENA DE AMOR de Mãe/Pai. Por isso tu és a Filha/Filho.
Em comunhão com DEUS tudo és toda a potencialidade da CRIAÇÃO.
Por isso tu és muito AMADO.
Fica bem...
(A Mónada)
(Texto adaptado e retirado do livro: O Acordar do Génio Humano)
Sem comentários:
Enviar um comentário