quinta-feira, 1 de junho de 2017

A nossa Criança Interior


Todos temos dentro de nós uma criança interior. Talvez a criança que recordamos ter sido um dia. Cuidares da tua criança interior é de importância vital para o teu desenvolvimento emocional e para manteres uma autoestima num nível aceitável e por isso também saudável.

Muitas pessoas na sua infância têm feridas emocionais e traumas que ainda não foram curadas e por isso mantêm a sua criança interior magoada, ou de alguma forma inferiorizada. Agora, a partir do momento em que te deres conta que ela assim se mantem, podes e deves tentar compreender, com os olhos de hoje, o que de facto aconteceu e até como curá-la.

Lembra-te que essa criança interior mais não é que a representação do sentir da tua alma e por isso, por via do teu subconsciente, de alguma forma ela condiciona a tua vida e atrai para ela todas as condições e situações que necessitas, para que possas ter a oportunidade de superares todas as zonas sombrias que ainda manténs dentro de ti.

Entende por zonas sombrias, as tais feridas emocionais de todo o tipo, como por exemplo: medos, mágoas, pesares, frustrações, culpas, etc.. Se ainda por cima juntares a elas os contratos de vidas passadas e dívidas cármicas, são imensas e profundas todas estas feridas que ainda precisas de curar dentro de ti.

Assim, quando sentires uma emoção negativa, pergunta-te por que te estás a sentir assim e tenta compreender, buscar a maneira de melhorar essa negatividade. Mesmo que não consigas trazer para a luz da tua consciência qual a verdadeira razão dessa emoção, pelo menos não te esqueças que ela significa que a tua criança interior precisa de carinho, amor e sobretudo muita atenção e aceitação.

Para o fazeres dedica-lhe algum tempo para poderes aquietar a tua mente e imaginares-te de volta à tua infância, a uma idade compreendida entre os 5 e os 8 anos e tenta visualizares-te tal como eras na altura. Se tiveres dificuldade consulta o teu álbum de fotografias da época somente para te refrescar a memória e te ser mais fácil esse retorno à tua infância. Tenta lembrares-te do máximo de detalhes e lembranças que te for possível. Depois imagina-te de novo no teu quarto, com todos aqueles móveis à tua volta. Lembra-te como eles te pareciam tão altos e grandes. Lembra-te das cores e até dos cheiros. Quanto mais detalhes reais trouxeres para a tua imaginação melhor será o resultado deste trabalho.

Agora volta de novo ao teu estado adulto, visualiza-te a entrares nesse quarto estando dentro dele essa criança que tu eras na altura, ferida, sensível, temerosa e pergunta-lhe o que se passa. Porque é que ela está assim tão cabisbaixa e triste. Pega nela ao colo e dá-lhe afecto. Deixa que ela se exprima livremente.

Depois abraça-a. Pede-lhe perdão pelo que lhe permitiste que acontecesse para que ela se sentisse assim tão magoada e triste. Se tiveres dificuldade em fazer isto não te admires, pois normalmente vais ter sempre a voz do seu Ego de adulto a tentar chamar-te à atenção do disparate que tudo isto representa. No entanto, matem-te firme e, se for caso disso, agarra mesmo num boneco ou peluche de que gostes muito e abraça-o como desejarias ter sido abraçado naquela altura. Permanece assim abraçado à tua criança interior o tempo que precisares. Se for caso disso, diz-lhe também que a Ama muito...

Quando voltares de novo plenamente à sua consciência adulta, não te esqueças antes, de lhe agradecer tudo o que ela representou para ti e que te proporcionou seres a pessoa que és. 

Esta é a melhor prenda que podes dar a ti mesmo todos os dias, mas sobretudo hoje, em que também se celebra o dia da Criança.

Sente-te sempre muito Amado.

Fica bem...

(A Mónada)

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