domingo, 16 de maio de 2010

De volta ao EGO...


O EGO faz parte integrante de nós. Mesmo perante um ser conscientemente pouco desperto, o seu ego permanece em fase de gestação, uma espécie de germinação, antes de se poder expandir e desenvolver-se na direcção da Alma. Para conseguir desvelar o seu vibrante brilho e irradiá-lo sobre o plano do coração e do espírito, a alma tem de se apoiar numa personalidade plenamente integrada. Fazemos referência obviamente a um ego tão potente como sábio, tão forte como humilde, tão amoroso como aberto para a vida.

Para chegar a este estado de realização, o ego deve desenvolver-se segundo três fases:


- Na primeira, o ser reage relativamente à sua bolsa de dor e nem procura extrair-se de dentro dela, porque, de alguma forma ela o ampara. É a fase em que o ego acorda do seu torpor e começa a fazer o caminho evolutivo tocado, permeado, pela vontade da alma.

- Na segunda, o ser autonomiza-se e vai-se tornando uma individualidade consciente das suas particularidades. O ego exerce plenamente o seu poder. É uma fase de descoberta do ser que há em todos os nós, tornando-se consciente das suas capacidades e do seu propósito maior.

- Na terceira, o ser apercebe-se da sua globalidade e da sua multidimensionalidade e desenvolve o seu génio, a sua mestria interior, no que ela tem de mais marcante. Vai-se tornando ponderado, fica atento a outros sinais sobretudo aos que recebe do seu interior, ficando num estado de calma e vigilância, vivendo o Agora.

No entanto, o caminho e o desenvolvimento deste novo ego ao serviço da Alma, leva obrigatoriamente, até atingir a sua fase final, a passar por estados ilusórios nos quais ainda sentimos a falta, a carência, a escassez, o vazio, a solidão e a insatisfação. A dilaceração interior e esse mau-estar pode levar a que ele se torne um perito em má fé, deixando-se ainda dominar por qualquer forma de medo e opondo resistências diversas ao sublime.

Ao ir sendo tocado pela vontade da sua alma, aos poucos vai encontrando o seu bem-estar, descobrindo a alegria da vida e de estar vivo, a partilha e a comunhão com os outros seus irmãos, a escutar da sua voz interior antes de ouvir os ruídos externos, a benevolência, até chegar ao seu amor incondicional.

E vai apercebendo-se que:

- Enquanto vive no ego, experimenta e vivencia da dualidade, da separação, da escassez, do desequilíbrio…

- Ao vivenciar o sentir de sua Alma experimenta e vivencia do princípio da unidade, da abundância, do Amor e da alegria. Aos poucos irá atingindo o seu próprio equilíbrio na medida em que a consciência se vá expandido…

O ser que se encontrar na migração entre estes dois estágios. Da predominância de um para o outro. Ele não participa mais inteiramente na vida que tinha antes, vivendo exclusivamente com o seu ego, mas ainda não integra suficientemente a vontade da sua alma. Encontra-se no centro de duas grandes linhas de força e suporta a pressão incessante de uma e de outra. Sente como se de um combate renhido se desse dentro de si e questiona-se: Quem ganhará?

Fatalmente o nosso ego está associado à nossa fisicalidade e é perecível, enquanto que a nossa alma goza da sua eternidade, mas precisa do um ego diferente para poder co-criar de acordo com a mestria que há em cada um de nós.

Por isso, tu aí que estás nesta fase evolutiva, não te assustes. Aceita-a como fazendo parte do teu próprio processo evolutivo. De facto, não se trata de um combate entre o ego e a alma. Mas trata-se permanentemente de uma escolha entre uma via da separabilidade e do facilitismo perante as nossas rotinas egoicas ou de seguirmos a via da nossa mestria interior que nos vai sendo emanada pelo bem sentir e a alegria da nossa alma, que seguramente nos irá levar ao infinito.

Para isso tens de estar atento, vigilante, vivendo o silêncio da comunicação da tua alma. Sentir a sua doçura, elegância e alegria, permitindo que ela se vá manifestando em tudo o que faças no teu dia-a-dia.

Assim estarás no bom caminho. No caminho da felicidade e da abundância do AMOR de Mãe/Pai.

Estarás a caminho da Glória de DEUS!

Fica bem.

(A Mónada)

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