"Tudo o que acontece no mundo
tem a sua razão de ser. O sábio tem esta certeza e por isso nada pode fazê-lo
perder a sua luz, a sua paz, a sua confiança. Mesmo que muitos acontecimentos
continuem a ser inexplicáveis para ele, isso não o leva a pôr a sabedoria
divina em questão, pois sabe que, um dia, o seu significado ser-lhe-á revelado.
É certo que a existência nos põe
muitas vezes perante factos, situações, que, à primeira vista, nos parecem
incompreensíveis, absurdos e até escandalosos: como é que tais coisas são
possíveis? Mas nada é mais terrível e perigoso do que concluir, a partir daí,
que a vida humana é desprovida de sentido.
Jamais um sábio dirá, como alguns
supostos filósofos, que tudo é acaso, caos e absurdo. Que orgulho é afirmar que
não tem sentido aquilo que ainda não se consegue compreender! E que
empobrecimento isso representa para o pensamento!"
Este excelente texto de Omraam
Mikhaël Aïvanhov leva-nos a questionar: Como deverá ser o pensamento de Deus?
Sendo nós criados à semelhança do Pai/Mãe, mesmo que a versão Adâmica tenha
sofrido adulterações que estamos a depurar na nossa corrente evolução, cada vez
mais a receber os novos códigos de LUZ crística emitidos desde o núcleo da
nossa galáxia, as dimensões com que elaboramos o nosso raciocino e forma de
pensamento, são diferentes e muito mais restritas do que aquelas que terá Deus.
Vejamos por exemplo, no contexto de
toda a humanidade é assumido que qualquer tipo de doença é no mínimo uma
adversidade a resolver e a superar. Em muitas circunstâncias ela pode
representar dor e provocar a falecimento do corpo e por isso até a morte.
Agora que já expandimos um pouco a
nossa consciência, percebemos que toda a doença não é obra do acaso. Mesmo
quando ela é provocada por agentes patogénicos externos ou por qualquer acidente,
tal acontece no decurso do nosso fluxo contínuo de vida e por isso estará de
acordo com a energia irradiada pelo ser. Isto na prática significa que por
exemplo num contágio, ele se deu porque tínhamos anticorpos incompatíveis ou o
sistema imunitário enfraquecido. Por isso podemos sempre afirmar que tal
deveu-se a um desajuste entre a nossa energia essencial de Alma e a do ser
racional e egoico que também somos.
Olhando a doença por este prisma,
então ela surge para nos alertar que não estamos no caminho certo, que existe
uma diferença substancial entre o sentir da Alma e o sentir racional do ser, e
que tal deve ser ajustado.
Se agora estiveres olhando para cada
filho teu, pelo lado do que é verdadeiramente o Ser, que é a sua essência de
Alma perpétua, e retirando a dimensão temporal, olharás a doença dele como uma
forma de alerta de que ele necessita para lhe demonstrar que vai no caminho
errado, mesmo que para tal tenha de desencarnar e voltar a encarnar, mesmo que
sinta dor e possa entrar em sofrimento.
Agora pensarás... mas essa dor e
sofrimento não são a antítese do amor? Como é que poderias ser um Pai amoroso e
deixar o teu filho nessa dor e sofrimento?
Pois, mas se voltares a olhar pela
perspetiva da não temporalidade e da ausência das dimensões espaciais, a dor e
o sofrimento foram escolhas desse filho para poder aprender, transcendendo toda
a dor e sofrimento pela Fé a cocriar em AMOR com Deus. A fisicalidade é efémera
e é matéria reciclável e por isso é afinal um mero veículo de expressão de cada
um dos seus filhos muito Amados.
E para nos mostrar exatamente isto,
mesmo o próprio Deus se fez Homem e enviou o seu filho Jesus para nos
ensinar a transcender a dor e o sofrimento. Este é o verdadeiro mistério da
redenção.
Sintam-se por isso muito Amados por
Deus. Mesmo doentes que possam estar, sintam a vossa doença como uma forma de
orientação do Pai/Mãe para retornarem a esse AMOR e LUZ que todos somos.
Fiquem bem...
(A Mónada)
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