"Mesmo que, um dia, se
conseguisse suprimir todos os exércitos e todos os canhões, no dia seguinte os
humanos inventariam outros meios para se guerrearem. Não é suprimindo alguém ou
alguma coisa no exterior que se pode restabelecer a paz. A paz é, em primeiro
lugar, um estado interior, e é nele mesmo que o ser humano deve começar por
suprimir as causas da guerra.
Enquanto ele for habitado pelo
descontentamento, pela revolta, pela inveja, pelo desejo de possuir sempre
mais, o que quer que ele faça não só alimentará no seu íntimo os germes da
desordem, como semeará esses germes por toda a parte à sua volta.
Quem come e bebe o que quer que seja
faz entrar no seu organismo certos elementos nocivos que o tornarão doente. E,
então, que paz pode ele ter depois de estragar o seu organismo? No plano
psíquico existe a mesma lei: se ele engolir todo o tipo de pensamentos e de
sentimentos, ficará doente.
A paz também é, pois, consequência
de um saber relativo à natureza dos alimentos que o homem “ingere” no plano psíquico.
Ela só pode instalar-se naqueles que se esforçam por se alimentar de
pensamentos justos e sentimentos generosos. Só esses seres podem trazer a paz
ao seu redor: de todas as células do seu corpo, de todas as partículas do seu
ser físico e psíquico, emana uma harmonia que impregna os mínimos atos da sua
vida quotidiana."
Mais um excelente texto de Omraam
Mikhaël Aïvanhov que nos revela que a PAZ é um estado do ser interno de cada
um. Mas para que a PAZ exista e se instale de fato na Humanidade, é necessário
que todos consigamos estar em Paz connosco próprios. Para tal é de fundamental
importância que possamos sentir e entender os apelos da nossa alma.
Porém grande parte das pessoas
descarta e prefere ignorar a sua alma. Há até quem duvide que a tenha, quanto
mais estar uno com ela. A verdadeira integridade do Ser é nem mais nem menos do
que sentir-se uno e coerente com o sentir da sua própria alma.
Só após, perante os seus atributos
que são: a doçura, a candura e elegância, é que nela deves “cultivar” todos os
dons e virtudes que te possam conduzir a uma verdadeira Paz interior.
Como diz o autor deste texto, mesmo
que não estejas em contato com a tua alma, podes no entanto sempre escolher ter
pensamentos justos e sentimentos generosos. Mas se tiveres dúvidas sobre eles
então prefere deixares de criticar, objetar e julgar os outros de acordo com as
tuas crenças, mitos e preconceitos. Afinal elas não são absolutas e são o
resultado da tua educação, dos princípios e valores que te passaram, de toda a
pressão psicológica que os média exercem, sobretudo no tipo de jornalismo sensacionalista
que não se cansa de mostrar o pior do que o ser humano é capaz.
Também é verdade que te deixas
atrair por essas sombras e chagas sociais, pois elas existem dentro de ti e de
alguma forma a tua alma quer chamar-te à atenção para elas, para que as possas
transmutar em Amor. É absolutamente hipnóticoe é o que é mais comum a todos os
mortais.
Mas tu não és nada disso, no entanto
deixas-te conduzir para estados de revolta e de ansiedade interior, mesmo que
inconscientes, que são absolutamente o oposto da Paz que necessitas e queres
ter. Se pudesses ver tudo isso com os olhos misericordiosos e compassivos de
Deus, verias rigorosamente os mesmos fatos como aprendizagens evolutivas sem
condenares ninguém. Isto não significa que não deva ser feita a justiça, nada
disso, apenas o que muda é o teu olhar, o teu entendimento e discernimento.
Enquanto não conseguires ter este
novo olhar, prefere ver e vivenciar toda a beleza, bondade e generosidade que
também há e que se calhar até existe neste mundo em muito maior quantidade do que
tudo o que te preferem mostrar de negativo.
Na medida em que fores tendo em
atenção o teu sentir interior e as tuas escolhas conscientes de não criticares,
objetares e julgares ninguém, nem mesmo a ti. Verás que aos poucos, uma enorme
PAZ se irá instalar dentro de ti, pois essa é uma característica da tua
verdadeira essência.
Vive pois em PAZ e sente-te por isso
muito AMADO.
Fica bem.
(A Mónada)
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