sexta-feira, 24 de outubro de 2014

O que acontece quando está com a neura?


"Aqueles que se sentem insatisfeitos, infelizes, têm tendência para atribuir esse mal-estar à falta de algo e esperam que uma pessoa ou um objeto venha preencher essa falta. Mas a solução não está aí.

A solução é que, apesar da sensação de mal-estar, de falta de algo, o próprio se decida a levar alguma coisa aos outros, a ajudá-los, a apoiá-los, a consolá-los, a participar nas suas atividades. Nesse momento, uma nova vida começa a circular nele e a sensação de falta desaparece pouco a pouco.

Ele compreende que, ao procurar levar algo de bom àqueles que o rodeiam ou mesmo a desconhecidos, ele próprio recebe, desde logo, uma força, um apoio... Ao passo que aqueles que não levam nada a ninguém, seja o que for que lhes deem, eles nada recebem. A vida está assente nas trocas: receber e dar, dar e receber. E, mesmo que não vos deem nada em troca daquilo que vós destes, pelo simples facto de terdes dado já recebeis."

Omraam Mikhaël Aïvanhov, autor deste texto, coloca um especial enfoco em que toda a abundância que quiseres ter na tua vida obedece à Lei do Dar e Receber. No entanto também nos refere que não se trata apenas de desejar a abundância, e recebê-la por essa via. Há que entregares-te ao trabalho em prol do outro independentemente do que se vier a receber. Até porque existe sempre o autopreenchimento psicológico quando se ajuda e apoia o próximo, necessário a que toda tua insatisfação cesse.

No entanto, quando surge a tal insatisfação, marasmo ou até mesmo a neura, típicas de quem se “distraiu” do seu caminho ou da própria vida, há sempre a grande tendência de a compensar de alguma forma. Quando esta insatisfação tem por base alguma perda de auto-estima, tem-se a tendência de a compensar por via da compra de coisas que muitas vezes não precisamos, mas que de alguma forma vão tentar preencher esse vazio, então acaba-se quase sempre por gastar mais do que o orçamento pessoal permite. Quando esta insatisfação tem por base a amargura ou a mágoa, então tem-se a tendência a procurar satisfazer com coisas doces ou até chocolates. Quando esta insatisfação tem por base o medo e a necessidade de proteção, normalmente recorre-se a alimentos de base mais energética e come-se demais, o que pode conduzir à obesidade.

Como é óbvio nenhuma destas opções são soluções para recuperar a satisfação e a felicidade. São meros paliativos inconscientes que a psique recorre para resolver o vazio energético que se instalou, nem que seja de forma momentânea, mas quase sempre agrava a insatisfação que as originou.

Agora, a questão é perceber que este vazio energético não é mais do que uma lacuna de AMOR e que tal jamais pode ser compensado desta forma.

O que nos refere o autor do texto é que existe uma forma de compensarmos mais rapidamente esta lacuna e analisando-a bem, provavelmente bem mais barata e eficaz, do que qualquer outra opção.

O Dar Amor, seja de que forma for, com a ajuda e apoio ao próximo, mesmo que seja a elementos da própria família para os quais normalmente nunca se tem tempo ou paciência. É uma formula mágica, que ao contrário que possa imaginar, não esgota a fonte interna de Amor. Antes a acrescenta, pois a fonte interna de AMOR, em ligação com a do Universo, é inesgotável e está sempre à disposição de todos a partir do sentir da própria Alma.

É pois por isso que a Lei do Dar e Receber é sempre tão generosa quando se toma a iniciativa de se dar em Amor, sobretudo quando se faz sem nada pretender ou desejar receber.

Não se trata de nada do outro mundo nem complicado. O AMOR é a energia que tudo Cura e Ela é a essência de todos nós.

Viva Amando pois só assim se sentirá sempre muito Amado.

Fiquem bem


(A Mónada)

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