"Mesmo que isso exija longos
estudos e grandes esforços, não é muito difícil trabalhar em domínios nos quais
se pode ver, ouvir, tocar, saborear e cheirar com os órgãos dos sentidos
físicos. Ver, ouvir, tocar, saborear e cheirar no plano espiritual é muito mais
difícil. E é precisamente porque os humanos vivenciam o seu mundo interior como
um espaço em que não têm referências, um vazio em que têm medo de se aventurar,
que eles se agarram aos objetos e às realizações do mundo físico.
Mas ter medo não leva a nada. É
preciso estudar, é preciso conhecer as leis, é preciso exercitar-se, e depois
lançar-se no vazio, simbolicamente, com a certeza de que não é possível
perder-se ou entrar em queda.
Na vida espiritual, o vazio não
existe; é o nosso mundo interior ainda não explorado que é um vazio. Mas, à
medida que se começa a explorar esse vazio, descobre-se a plenitude. Sim, e o
único vazio que ameaça realmente o ser humano é aquele no qual ele cairá
fatalmente enquanto acreditar que o mundo físico pode responder a todas as suas
necessidades, a todas as suas aspirações."
Um texto de Omraam Mikhaël Aïvanhov
que nos ajuda a refletir sobre a forma como levamos a vida.
Somos humanamente muito
materialistas e mesmo aqueles que se arrogam viver a espiritualidade fazem-no,
como nos refere o autor deste texto, sempre com os referenciais do mundo
material e assim acabam por se transformar em religiosos mais ou menos presos a
crenças e dogmas que as respetivas igrejas, ou quem as governa, determinam que
sejam verdades indiscutíveis. É assim que se desenvolvem os fanatismo que levam
até a matar em nome de Deus.
Assim, um dos princípios desta NAVE
e de quem tem viajado connosco, é de que a única verdade que existe é a que
revela o interior de cada um, ou seja, aquele que parece vazio numa primeira
abordagem, mas que é pleno de sabedoria. Assim, nunca desejamos que os nossos
leitores acreditem no que escrevemos. Antes porém preferimos que sintam em
vossos corações como ressoam as nossas palavras e, se elas aí tiverem eco, é
porque são verdades para eles.
No fundo a vivência da
espiritualidade não é seguir o que os outros dizem ou apregoam, mas antes seguir
sim, o que diz o nosso coração perante
tudo o que formos percepcionando com os nossos sentidos. De preferência sem
usarmos os filtros das nossas crenças e mitos, pois eles vão sempre deturpar o
que devemos atentamente observar e sentir.
Mas normalmente temos medo, como
também refere o autor do texto, de que tal não nos leva a nada em termos
práticos, pois estamos tão ocupados nas nossas vivencias sensoriais que achamos
que tudo o que possa existir no nosso interior é mera fantasia sem qualquer
valor. Daí o vazio que inicialmente se sente quando se começa a meditar e que
faz tanto medo.
Porém quando nos apercebemos da
riqueza do mundo interior e se com base na sabedoria que lá podermos encontrar,
conseguirmos dar um entendimento diferente a tudo o que passa no mundo externo,
aí sim, teremos um novo olhar, muito mais expandido e muito mais amoroso, para
com tudo e todos os que nos rodeiam.
É isto a que se chama uma
consciência expandida. É isto que nos foi proposto por todos os Avatares
Divinos que encarnaram como terrenos, mas que teimamos em não querer seguir. É
a isto que se chama viver a nossa espiritualidade.
Renasce para a tua vida Espiritual.
Descobre quem afinal és. De onde vens e para onde vais, e qual é o propósito
desta tua vida encarnada.
Só assim poderás evoluir. Só assim
te sentirás sempre profundamente Amado e Abençoado pelo nosso Criador.
Fica bem...
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