Todo o ser humano busca incessantemente a verdade como sendo
absoluta, a partir do ponto central da sua consciência. Na base da
personalidade que construiu para si mesmo, existe uma verdade que é a base do
que cada um julga ser o seu Eu, no entanto, a incessante busca da verdade
absoluta em que estamos envolvidos durante toda a nossa vida faz com que esse Eu
seja posto em causa, sempre que a verdade que julgamos absoluta for abalada.
Por isso a busca da verdade absoluta mais não é mais do que a
procura de algo Divino que nos sirva da guia, para que possamos encontrar e
referenciar a nossa existência e a nossa vida.
Normalmente empreendemos esta busca no princípio da nossa
adolescência, quando se colocam questões como por exemplo: O que quero ser?
Qual a imagem que quero que os outros tenham de mim? Afinal quem sou Eu? Como
cheguei até aqui? Que profissão quero eu assumir? Quais são a minhas melhores
qualidades e aptidões? Porque é que eu não sou capaz? Qual é afinal o meu papel
na sociedade?
Porém, em face das incertezas que a ausência desta verdade
provoca, e por isso da ausência de respostas, ocorrem descargas emocionais tendo
em conta as verdades que os outros nos procuram impor, os seus
condicionalismos, e a forma como nos conseguimos ajustar a elas ou não. Estes
processos geram por isso alguma dor e sofrimento, podendo originar crises
existenciais e depressivas de alguma gravidade, pois na análise que fazemos
entre essas verdades e o que julgamos ser, existe muitas diferenças e normalmente
nunca são para melhor.
Mais tarde acabamos por sair destas primeiras buscas pela verdade
absoluta, lançando-nos para a vida na expectativa que ela nos leve a descobrir
estas respostas e assim vão passando os anos. No entanto, mantemos sempre a
convicção que tal verdade absoluta existe e que sendo esta exterior a nós
próprios, ela acabará por surgir nomeadamente a partir dos relacionamentos que
vamos consumando ao longo da vida e da nossa imagem que vamos vendo refletidas
nos outros.
Porém, em determinada altura surgem as adversidades e os
obstáculos que julgamos intransponíveis e de novo as mesmas perguntas voltam a
surgir, agora com mais um condimento que agrava todo este processo. É que já
passou uma boa parte da nossa vida e os vislumbres dessa verdade absoluta
continuam a não ser palpáveis, concretos e a ausência desta provocamos inúmeras
incertezas perante as expectativas goradas e as decepções que vamos
colecionando. Aí voltarão ainda mais agravadas, as nossas depressões e as
nossas crises emocionais.
Mas pode ser que no meio das nossas crises pode surgir uma boa
notícia. E se a verdade absoluta não existisse, por mais buscas que
empreendamos? Ou se ela existe pode ser encontrada dentro de nós mesmos, na
nossa essência, o AMOR que brota do nossa coração e que tudo comanda.
Ao mergulharmos assim dentro de nós mesmos, acabamos por
descobrimos que afinal a verdade absoluta é a de que todos somos um só e é
nesse AMOR tão concreto e profundo que se geram todas as obras da criação
incluindo o que cada um é em cada encarnação.
Cada ser humano é assim exclusivo e único e no entanto mantem
dentro de si a essência dessa mesma verdade absoluta que tudo É.
A verdade absoluta que procuras é afinal esse AMOR INCONDICIONAL
que TUDO É. É DEUS manifestando através de ti na tua própria realidade, na tua
própria verdade da tua existência enquanto Ser Humano que assumiste querer ser.
Daí que cada homem e cada mulher neste planeta apenas pode encontrar a
sua verdade e mesmo essa vai mudando em cada momento durante a sua existência
terrena.
Por isso só há um único caminho e esse é o de sentires-te UNO com Todos
na comunhão do AMOR de DEUS.
Sente-te por isso sempre muito amado pois só assim estarás no
caminho certo.
Fiquem bem...
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