sexta-feira, 17 de julho de 2015

A Verdade Absoluta


Todo o ser humano busca incessantemente a verdade como sendo absoluta, a partir do ponto central da sua consciência. Na base da personalidade que construiu para si mesmo, existe uma verdade que é a base do que cada um julga ser o seu Eu, no entanto, a incessante busca da verdade absoluta em que estamos envolvidos durante toda a nossa vida faz com que esse Eu seja posto em causa, sempre que a verdade que julgamos absoluta for abalada.

Por isso a busca da verdade absoluta mais não é mais do que a procura de algo Divino que nos sirva da guia, para que possamos encontrar e referenciar a nossa existência e a nossa vida.

Normalmente empreendemos esta busca no princípio da nossa adolescência, quando se colocam questões como por exemplo: O que quero ser? Qual a imagem que quero que os outros tenham de mim? Afinal quem sou Eu? Como cheguei até aqui? Que profissão quero eu assumir? Quais são a minhas melhores qualidades e aptidões? Porque é que eu não sou capaz? Qual é afinal o meu papel na sociedade? 

Porém, em face das incertezas que a ausência desta verdade provoca, e por isso da ausência de respostas, ocorrem descargas emocionais tendo em conta as verdades que os outros nos procuram impor, os seus condicionalismos, e a forma como nos conseguimos ajustar a elas ou não. Estes processos geram por isso alguma dor e sofrimento, podendo originar crises existenciais e depressivas de alguma gravidade, pois na análise que fazemos entre essas verdades e o que julgamos ser, existe muitas diferenças e normalmente nunca são para melhor.

Mais tarde acabamos por sair destas primeiras buscas pela verdade absoluta, lançando-nos para a vida na expectativa que ela nos leve a descobrir estas respostas e assim vão passando os anos. No entanto, mantemos sempre a convicção que tal verdade absoluta existe e que sendo esta exterior a nós próprios, ela acabará por surgir nomeadamente a partir dos relacionamentos que vamos consumando ao longo da vida e da nossa imagem que vamos vendo refletidas nos outros.

Porém, em determinada altura surgem as adversidades e os obstáculos que julgamos intransponíveis e de novo as mesmas perguntas voltam a surgir, agora com mais um condimento que agrava todo este processo. É que já passou uma boa parte da nossa vida e os vislumbres dessa verdade absoluta continuam a não ser palpáveis, concretos e a ausência desta provocamos inúmeras incertezas perante as expectativas goradas e as decepções que vamos colecionando. Aí voltarão ainda mais agravadas, as nossas depressões e as nossas crises emocionais.

Mas pode ser que no meio das nossas crises pode surgir uma boa notícia. E se a verdade absoluta não existisse, por mais buscas que empreendamos? Ou se ela existe pode ser encontrada dentro de nós mesmos, na nossa essência, o AMOR que brota do nossa coração e que tudo comanda.

Ao mergulharmos assim dentro de nós mesmos, acabamos por descobrimos que afinal a verdade absoluta é a de que todos somos um só e é nesse AMOR tão concreto e profundo que se geram todas as obras da criação incluindo o que cada um é em cada encarnação.

Cada ser humano é assim exclusivo e único e no entanto mantem dentro de si a essência dessa mesma verdade absoluta que tudo É.

A verdade absoluta que procuras é afinal esse AMOR INCONDICIONAL que TUDO É. É DEUS manifestando através de ti na tua própria realidade, na tua própria verdade da tua existência enquanto Ser Humano que assumiste querer ser.

Daí que cada homem e cada mulher neste planeta apenas pode encontrar a sua verdade e mesmo essa vai mudando em cada momento durante a sua existência terrena.

Por isso só há um único caminho e esse é o de sentires-te UNO com Todos na comunhão do AMOR de DEUS.

Sente-te por isso sempre muito amado pois só assim estarás no caminho certo.

Fiquem bem...

(A Mónada)

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