Particularmente nos tempos que correm, nem tudo corre bem necessariamente. Há sempre momentos em
que nos sentimos mais vitalizados e outros em que uma espécie de mau estar
parece surgir, nem que seja através de uma simples “neura” que teimosamente
parece persistir.
Estes
momentos menos bons acontecem porque a nossa natureza enquanto seres humanos é
dual. Somos filhos de Deus Pai Cósmico e da nossa Mãe Terra. Precisamos de nos
sentir mal para valorizarmos quando estamos bem e assim é com tudo ao longo da
nossa vida encarnada. Mesmo até a nossa energia essencial é dual resultante da
mescla de uma energia mais forte, poderosa e intensa – a Yang - que no ocidente
classificamos como masculina e a outra mais suave, doce e muito mais criativa e
criadora – a Yin – que igualmente classificamos como feminina.
É
pois devido à nossa necessidade de experienciar as diferentes polaridades dos
diversos atributos de tudo quanto constitui a nossa realidade material, que acabamos
por atrair a adversidade e os obstáculos, que se poderão tornar em perdas, se
teimarmos na negatividade que nessa altura normalmente se apodera da nossa
mente e que depois se propaga para a nossa energia, acabando por se tornar
magnética e atrair ainda mais perdas até que possamos despertar desse estado.
Para
podermos ultrapassar estes momentos precisamos de nos centrarmos. De procurar
dentro de nós essa mesma energia que nos dá força para tudo ultrapassar.
Ser
centrado significa estar fisicamente relaxado, emocionalmente tranquilo, mentalmente
ajustado e espiritualmente consciente. O nosso centro é a nossa essência
interior, o nosso evoluído nível de consciência. A nossa personalidade é a nossa
essência exterior, que foi construída de acordo com os condicionalismos da
sociedade e da família. O Ego é a imagem de nós que essa mesma personalidade
construiu, para que nos possamos individualizar dos outro seres e com o qual
nos gostamos de identificar.
Voltando-nos
de novo para o centro, recorde-se de algum momento em sua vida em que se sentiu
centrado e tente lembrar-se de tudo sobre essa situação: que idade tinha, o
lugar onde estava, como aconteceu e a forma como reagiu. Em seguida, traga de
volta ao seu corpo a mesma sensação que teve nessa altura. Se há alguma imagem
que possa ajudar a focalizar o sentimento, use-a para pôr as sensações em
evidência. Desfrute plenamente dessa memória feliz, acolhedora, que lhe dá uma
plenitude existencial difícil de descrever, durante o tempo que precisar, até
se sentir completamente imbuído por ela.
Em seguida,
veja-se de novo perante as situações difíceis que o têm perturbado muito, mas
mantenha a consciência de seu centro e sinta-se em paz e harmonioso, apesar das
circunstâncias indesejáveis.
Pratique
a concentração: o uso regular desta forma de meditação pode ajudá-lo a
elevar-se acima dos efeitos das emoções baseadas no medo.
Ao
sair de toda a energia negativa que criou e em que se viu envolvido, vai ver
que, quase como por magia, irá encontrar soluções e oportunidade para
ultrapassar toda a adversidade e obstáculos. Aí sim compreenderá que o medo e
todas as outras emoções negativas foram verdadeiramente os seus problemas e limitações.
Só
assim voltará a amar e a sentir amado. Só assim retornaremos ao encanto do
mistério que é a Vida.
Fiquem
bem...
(A Mónada)
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