domingo, 28 de julho de 2019

O Deserto do teu Silêncio Interior


"Um deserto começa por parecer um lugar vazio, sem vida e, portanto, sem interesse ou, por vezes, até perigoso, e as pessoas procuram atravessá-lo o mais depressa possível. Na realidade, longe do barulho, da agitação e da desordem dos humanos, os desertos, tal como os cumes das montanhas, são lugares vivos, habitados. Os espíritos da Natureza, mas também certos seres muito evoluídos que já deixaram a terra, vêm aí refugiar-se para não serem perturbados nos seus trabalhos, e é possível aperceber-se da sua presença. 

No silêncio daquelas imensas extensões entre a terra e o céu, a alma tem a sensação de que regressa à Nascente original e de que aí se alimenta e sacia a sede.

É preciso ter aprendido, durante muito tempo, a manifestar o desapego, a renúncia às distrações, aos prazeres fáceis, para se encontrar no deserto um alimento espiritual. Só os santos, os Iniciados, o conseguem, e, naquele silêncio vivo, vibrante, o seu pensamento liberta-se para empreender um verdadeiro trabalho de criação."

Mais um maravilhoso texto de Omraam Mikhaël Aïvanhov que nos remete para a necessidade de praticarmos o desapego à distrações e aos prazeres fáceis, que muitas vezes achamos que correspondem à verdade aspiracional da nossa vida, para nos encontrarmos com o deserto do nosso silêncio interior, silêncio esse que refere como sendo vivo, onde o pensamento se liberta e a criação começa.

Lembremo-nos que os prazeres assim como as dores fazem parte da condição de sermos humanos, no entanto o sofrimento assim como a ilusão dos Egos inflados são as nossas maiores ilusões.

Ninguém te pede para te alienares da vida que tens nem da personalidade que assumes nesta vida, apenas te é sugerido que aprecies os momentos em que te encontras contigo mesmo, dentro do teu silêncio interior, como quando atravessas um deserto e te encontras com todas aquelas entidades ligadas à Natureza e que igualmente determinam a tua condição humana ainda que verdadeiramente sejas um espírito livre e cheio de LUZ.

Só assim te é permitido recriares-te em cada momento e poderes fazer as escolhas mais de acordo com a tua natureza de fractal de alma, plenamente consciente da tua multidimensionalidade e das tuas outras componentes de alma presentes em outras realidades paralelas.

Vive por isso o Deserto do teu Silêncio Interior como um acto de grande Amor, não só por ti mesmo, mas por todos os que te rodeiam, como se todos fossem tu mesmo, UNOS com DEUS que nos AMA.

Fica bem

(A Mónada)

P.S. - Não deixe de ler também as Energias para Agosto em NAVE AZUL Energias

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