Apegos quem os não tem?!. De facto vamos adquirindo imensos ao longo da vida. No entanto há que entender que esses apegos são uma forma distorcida e errada de expressar amor, assumindo por vezes uma enorme possessividade sobre algo que julgamos que nos pertence e até que faz parte de nós.
Por exemplo: vê como te expressas ao falar. Falas do teu carro, como falas dos teus filhos, da tua casa, do teu lar e até de coisas mais subtis como por exemplo do teu Amor ou de outras formas de sentimentos.
Por exemplo: vê como te expressas ao falar. Falas do teu carro, como falas dos teus filhos, da tua casa, do teu lar e até de coisas mais subtis como por exemplo do teu Amor ou de outras formas de sentimentos.
Se fosse só no falar e daí não adviesse qualquer impacto na nossa
psique seria muito bom, mas não é assim. É da natureza humana que vem esta
espécie de necessidade de querer possuir tudo o que estiver ao nosso alcance.
Provavelmente terá a sua origem numa forte componente instintiva e animalesca
em termos de processo evolutivo da nossa espécie.
O problema é que isso aprisiona-nos ao que consideramos que é
nosso. Para além disso e em termos extremados, pode até tornar-nos avarentos
como o exemplo de Ebenezer Scrooge o personagem principal da história - Um Conto de Natal.
Mas não é de apegos que precisamos hoje de falar... parece-me
consensual que eles nos afetam primordialmente e nos tornam muito infelizes. A
questão agora é como desapegarmo-nos de tudo o que nos aprisiona.
Muitas pessoas julgam que é muito fácil, bastará abandonarmos o
que já não nos interessa. Até, se for o caso, e tivermos muitos bem materiais, poderemos
fazer doações do que menos gostamos aos outros e pronto! Aliviamos desta forma
a nossa consciência e julgamo-nos mais solidários e caridosos.
Obviamente que este não é o processo correto, até porque o apego é
uma sombra das nossas almas e não se cura assim. Se julgamos que tal alivia o
nosso lastro emocional ligado aos apegos que vamos mantendo desenganem-se.
O certo é entendermos que se trata de uma libertação emocional que
só desaparece quando soubermos como entregar tudo o que antes julgámos possuir.
Por exemplo: o apego aos nossos filhos, esse é tão difícil e filho não se
entrega, simplesmente precisamos de lhes dar toda a educação, suficiente para que
eles assumam as suas próprias vidas independentes e de acordo com as suas
próprias escolhas, mesmo que não estejamos de acordo com elas. Por isso falamos
de uma entrega interior, a entrega da liberdade de escolha do ser independente
que este passa a ser.
O desapego está necessariamente associado a todas as formas de
libertação emocional de carácter Cármica. Mesmo aqueles que estão ligados a uma
série de lindíssimas obras de apoio social acabam por se envolver
emocionalmente com elas e por isso criar assim outras formas de apegos.
Para que esse desapego aconteça e possamos voltar ao nosso
verdadeiro Lar no Mundo espiritual, precisamos de nos lembrarmos de como viemos
ao mundo e prepararmo-nos para o deixar da mesma forma, sem nada, porque
simplesmente nunca possuímos nada, apenas tomámos de empréstimo.
Por isso devemos de cuidar para que todos os processos de entrega
que envolvem o desapego, se façam de forma mais harmónica possível, acompanhada
pela respectiva libertação emocional, até mesmo no momento em que fizermos o
desapego do nosso próprio corpo para, por fim, nos libertamos da personalidade
que fomos.
A vida é apenas um ciclo de aprendizagens de como devemos de
expressar o AMOR. Sintam-se por isso sempre muito amadas e amados. Pois é isso
mesmo que verdadeiramente somos. Apenas AMOR.
Fiquem bem
(A Mónada)
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