É vulgar
as pessoas queixarem-se que têm dificuldade em meditar ou até de se reconectar
com o seu Eu Superior, pois a sua vida é muito tumultuosa e têm muitas
preocupações.
Ora isso
é perfeitamente normal, pois fomos ensinados e aprendemos desde muito novos a
utilizar, praticamente em exclusividade a nossa mente mais lógica e física,
através da utilização de uma linguagem de programação, que é o nosso idioma
materno, com a qual comunicamos e produzimos toda a espécie de pensamentos que
julgamos que nos definem.
Com o
passar dos anos e com a necessidade de termos elevadas performances mentais que
a vida nos impõe, apuramos o seu uso, deixando para trás toda a nossa
capacidade de visualização, de criação e de ligação com a nossa essência. Ficamos
assim presos à individualidade que julgamos ser, como se estivéssemos sozinhos
connosco próprios, muitas vezes perdidos em saber Ser e saber Estar.
Com a
meditação podemos reverter essa situação. Quando éramos crianças tínhamos uma
capacidade imaginativa que nos permitia vivenciar no “faz de conta” toda uma
série de aventuras e vivências que julgávamos reais, mas que efetivamente não
eram pois não tinham um substrato material que lhes desse forma. Ora essa
capacidade de ver dentro de nós o que quisermos criar não deixou de existir,
simplesmente esquecemo-nos de a usar e exercitar.
É com
esta capacidade de sermos capazes de visualizar e co-criar o que nos vai na
alma, de forma consciente, que poderemos entrar em contacto com o sentir da
nossa alma e ir mais além até à nossa plena reconexão com o nosso Eu Superior.
No nosso dia-a-dia, para podermos estar ligados a
Ele basta estarmos muito centrado no nosso sentir e sempre no aqui e agora,
para que possamos “escutar” os momentos intuitivos de revelação que acontecem a
todo o momento. Muitas vezes, ajuda muito decretar e pedir o auxílio na
reconexão. Outras vezes, quando tal não conseguimos que aconteça, é preferível
que paremos por completo e meditemos, mesmo que seja por poucos minutos, usando
uma das técnicas que já aprendemos.
Não vale a pena resistir a qualquer pensamento
que surja pois aí aplica-se a lei de que: a tudo o que resistirmos, mesmo que
desapareça por poucos segundo, persistirá teimosamente até que deixemos de
resistir. Por isso é preferível que simplesmente observemos esses pensamento e
até imagens que forem surgindo, mas sempre conscientes dessa atenção. Pois
todos esses pensamentos estão carregados de informações sobre nós.
Quanto começares a sentir que estás muito mais
atento a tudo o que te rodeia e que observas coisas que antes nunca tinhas
reparado, como por exemplo a beleza e a perfeição em tudo o que vês, então aí
sim, está no bom caminho para poderes manter um contato mais ou menos estável
com o teu Eu Superior. Outras das características desse bom caminho é
observares que em tudo o que dizes e fazes, te faz sentir mais doce, cândido e
elegante, pois essas são as caraterísticas base de uma boa ligação com a alma e
através dela com o nosso Eu Superior.
Não é fácil este caminho de reconexão mas vai-se
conseguindo com muita paciência e atenção. Outra das características é sem
sombra de dúvida uma grande melhoria da nossa atenção e do nosso desempenho em
tudo o que fazemos.
Quando vamos em sentido oposto a esta reconexão
que tanto desejamos, é quando nos acontecem os pequenos “acidentes” com os
quais nos irritamos e sentimos impacientes. Isto é sinal da presença de uma
mente muito concreta e preocupada com a nossa vida material e por isso muito
desatenta. Em geral isto leva-nos a uma redução da nossa auto-estima e a vivermos
na ilusão das nossas incapacidades e medos.
Em próximos postes iremos abordar algumas
técnicas para educar a mente e preparar uma reconexão cada vez mais efectiva.
Até lá sintam-se muito amados.
Fiquem bem
(A Mónada)
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