O que tu és não se resume ao que vês sobre ti pois o que tens
hipótese de te aperceber é muito pouco do que cada ser humano de fato é.
Estamos presos, em temos conscienciais, ao que os nossos órgãos
sensoriais captam e ele captam muito pouco do que poderíamos observar, do que
apelidamos de realidade exterior.
Os nossos olhos, por exemplo, captam a Luz visível que representa
uma minúscula parte do espectro rádio-eléctrico. A nossa retina apenas
permite-nos captar pouco mais de 15 a 20 imagens por segundo e estamos a falar do
principal órgão que priorizamos quando construímos no nosso cérebro a
representação dessa mesma realidade.
Ao pensarmos assim só podemos considerar ridículo o que captamos
de todo um meio envolvente, cheio de outras componentes que não temos como ver
e de captar de alguma forma.
Mas sabemos que existe, pois a nossa mente científica acredita em
tudo o que obedece à lei da causa-efeito. É por isso que falamos ao telemóvel
sem perceber como são efectuadas as comunicações, pois não temos como as sentir
ou enxergar. Já paraste para pensar que há apenas pouco mais de 30 anos não
havia nem telemóveis nem internet e se visses alguém a falar para uma caixa de
plástico irias julgá-lo maluquinho?
O que nós somos tem também existência em domínios que temos muita
dificuldade em nos apercebermos, sobretudo quando por vezes nem sensibilidade
temos para sentir as nossas próprias emoções, até porque normalmente as
desvalorizamos de tal forma que as bloqueamos, sem nos apercebermos que isso é
uma das maiores causas de doenças.
Sim... agora que falo nisto começas a despertar e com certeza que
te perguntarás: Então como é que me posso aperceber das minhas dimensões
desconhecidas ou até da minha verdadeira dimensão?
A única resposta possível é simplesmente fugires a todos os
mecanismos da lógica mental inferior que continuamente te condiciona à
percepção sensorial, ou seja, deixares simplesmente de pensares, e valorizares muito
mais a tua própria intuição, ou se preferires, aquilo que muitos chamam de
sexto sentido.
Esta é a única fuga possível à tal pseudo realidade pequenina. A
técnica para conseguires tal, é aprenderes a meditar e a encontrares o espaço
em ti mesmo, onde aflui todos esses momentos intuitivos e tentares dares-lhes
um significado.
Para que percebas exatamente do que estamos a falar, trata-se do
mesmo mecanismo interno, que todos nós temos, e que nos leva a realizar coisas
completamente ilógicas ou fora da racionalidade, como por exemplo apaixonarmos
por alguma coisa ou por alguém sem saber o porquê, rirmo-nos quando temos
vontade chorar e vice-versa. Tomar decisões não pela lógica mas pelo sentir do
coração. Sermos criativos sem nos preocuparmos de onde vem essa mesma criação.
É pois por esta via do não pensamento, do foco da nossa atenção no
fluir da nossa energia interior, da nossa imaginação animada pelo fluir da
energia em nosso coração, que vamos acabar por encontrar a nossa Alma e mais
além. Ao entrarmos dentro dela acabamos por nos apercebermos da sua dimensão
Cósmica e de um abundante fluxo de sabedoria que no início não sabemos de onde
tudo isso vem.
Esse Ser gigantesco e Cósmico é afinal aquilo que podemos chamar
de o Eu Superior e é a partir desses encontros contigo mesmo que começas a
expandir a tua consciência.
Voltaremos a este tema no próximo post.
Até lá... começa por te sentires cada vez mais amado.
Fica bem...
(A Mónada)
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