domingo, 26 de fevereiro de 2012

A Porta do Coração de Deus


Certo dia, a solidão bateu à porta de um grande sábio.
Ele convidou-a para entrar.
Pouco depois, ela saiu decepcionada.
Havia descoberto que não podia capturar aquele ser bondoso, pois ele nunca estava sozinho: estava sempre acompanhado pelo AMOR de Deus.


De outra feita, a ilusão também bateu à porta daquele sábio.
Ele, amorosamente, convidou-a a entrar em sua humilde morada.
Logo depois, ela saiu correndo e gritando que estava cega.
O coração do sábio era tão luminoso de AMOR que havia ofuscado a própria ilusão.

Num outro dia, apareceu a tristeza.
Antes mesmo que ela batesse à porta, o sábio assomou a cabeça pela janela e dirigiu-lhe um sorriso enternecedor.
A tristeza recuou, disse que era engano e foi bater em alguma outra porta que não fosse tão luminosa.


A fama do sábio foi crescendo e a cada dia novos visitantes chegavam, objectivando conquistá-lo em nome da tentação.


Num dia era o desespero, no outro a impaciência.
Depois vieram a mentira, o ódio, a culpa e o engano.
Pura perda de tempo: o sábio convidava todos a entrar e eles saíam decepcionados com o equilíbrio daquela alma bondosa.

Porém, um dia a morte bateu à sua porta.
Ele convidou-a a entrar.
Os seus discípulos esperavam que ela saísse correndo a qualquer momento, ofuscada pelo AMOR do mestre.


Entretanto, tal não aconteceu. O tempo foi passando e nem ela nem o sábio apareciam.
Os discípulos, cheios de receio, penetraram a humilde casa e encontraram o cadáver de seu mestre estirado no chão. Começaram a chorar ao ver que o querido mestre havia partido com a morte.


Na mesma hora, entraram na casa a ilusão, a solidão e todos os outros servos da ignorância que nunca haviam conseguido permanecer anteriormente naquele recinto. A tristeza dos discípulos havia aberto a porta e os mantinha lá dentro.


Enquanto isso, em outra dimensão, levado pela morte, o sábio se instalava na sua nova residência.
Agora, só batem em sua porta os espíritos luminosos.

E, amorosamente, ele continua convidando todos os que batem a entrar.
E ninguém quer sair de lá, pois agora o grande mestre "mora no coração de Deus".


Texto atribuído a "Aivanhov" e "Yogananda"


Assim é o poder do AMOR. Sintam-no dentro da vossa morada, bem no mais profundo do vosso Ser .
Esse é o AMOR de Deus e sintam-se para sempre... sempre, sempre... Muito AMADOS.


Fiquem bem


(A Mónada)

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