quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Caminhando...



Sim!... Caminhando pela vida e por todos os seus estádios e sentires indiscutíveis, na sua impessoalidade, feita de momentos e atos, que povoam o nosso Ser Interno.

Tenho de caminhar... os passos surgem de forma automática. Passos dados ao compasso de emoções e contradições, ao ritmo do meu sentir, que torna alternadamente idêntico ao sentir de tantos outros que anseiam chegar aos seus objectivos, dando-lhes vida através do discernimento de cada sopro que ela nos proporciona.

No seu fascínio, vem a sua complexidade. São passos interlaçados, por sentimentos, ilusões, memórias e por palavras sufocadas na garganta, pela inconsciência e incapacidade que no momento ainda existe em compreender significados e efeitos experienciais que me levam ao discernimento de um Novo Mundo Interno, livre de amarras e sempre ao dispor do processo evolutivo de cada um.

Sentir e viver a vida cheia de tudo e de nada, fico assim atordoada, desenhando círculos com os meus passos, gerando voltas e contra voltas, e o cansaço é interminável, por não conseguir ainda entender e encontrar o meu Ponto de Percepção da minha Verdade, daquilo que realmente Sou, ao Serviço da Unidade Cósmica. Como é difícil entender, a sua existência e o que ele contem como propósito, como missão e como doação e serviço. Mas como é sabido, a caminhada é interminável e os meus passos vão continuar, porque eu estou aqui à minha espera, para satisfazer e compreender a minha expansão consciencial e pô-la então em prática.

Apelo a todos os que caminham ao encontro do Amor pelo Serviço. Que não parem.  Resistam! 

Porque os vossos passos serão guiados ao local certo, no tempo certo, e estejam certos eles não serão em vão, embora tenham que entender que percorrer um caminho com estas características é por vezes tortuoso e difícil, mas os frutos colhidos serão suculentos e saborosos, para encher o Coração de qualquer Ser de Paz e Amor.

Fiquem na minha Paz

EU SOU A VOZ DO CORAÇÃO

EU SOU

MARLIZ

domingo, 24 de fevereiro de 2013

No mais íntimo do Ser



Os pensamentos e sentimentos conscientes são aqueles mais superficiais que conseguimos perceber. Eles passam pela nossa mente e trazem sensações ao corpo (toda emoção gera sensação no corpo) e nós conseguimos observá-las.
As práticas que ensinam sobre pensamentos positivos, seja através de afirmações, visualizações e outras técnicas, normalmente atuam no nível dos pensamentos conscientes.
É preciso perceber que temos algo muito mais vasto no nosso interior que é o que chamamos de inconsciente. Enquanto o consciente é apenas a ponta do iceberg, o inconsciente é toda a parte submersa que não conseguimos ver. Temos uma ligeira noção sobre o inconsciente, mas ele é muito mais vasto e profundo do que qualquer percepção racional que possamos ter do mesmo.
Ao mudarmos conscientemente nossos pensamentos, estamos mexendo apenas na pontinha do iceberg. Essa mudança vai-nos ajudar a mudar comportamentos e a atrair "coincidências" mais favoráveis. Entretanto, como o nosso inconsciente é muito mais profundo e vasto, ele terá sempre uma força muito maior, e se essa força for negativa, ela irá sabotar ou anular completamente todo o benefício gerado pelos exercícios e esforço de pensar positivamente.
Vivemos em conflito interno constantemente. Racionalmente (pensamentos conscientes mais superficiais) dizemos que queremos mais prosperidade, melhores relacionamentos, mais saúde física e outras coisas. Entretanto, inconscientemente, temos desejos contrários devido a uma série de sentimentos negativos que acumulamos durante a vida.

Um exemplo disso é o caso de uma senhora que apenas atraia para si relacionamentos problemáticos que normalmente terminavam em atos violentos praticados contra a sua pessoa. Embora ela desejasse ter um relacionamento harmonioso, havia um padrão inconsciente que condicionava todas as suas ações presentes e futuras. Veio posteriormente a descobrir-se que esta senhora inconscientemente não se achava merecedora de ser amada de uma forma harmoniosa, pois havia sido rejeitada enquanto criança pelo pai. Este sentimento de rejeição e a necessidade de ser amada criava em si mesma uma emoção demérito o que acabava por a tornar ansiosa. Aos poucos isto ia gerando no outro comportamentos mais agressivos.

Parece estranho que isto assim seja, quase tão evidente em termos de explicação mas tão antagónico em termos dos diferentes níveis de desejo, o consciente e o inconsciente. O problema é que o inconsciente é sempre mais forte e a reprogramação consciente é praticamente impossível que produza resultados positivos.

Assim, há que tornar consciente o que ainda está profundamente inconsciente para se perceber o que está a produzir a conflitualidade interna, para depois limpar-se as cargas emocionais acumuladas e não esquecidas. Essas cargas são as principais responsáveis por doenças crónicas, nomeadamente ao manter-se o seu efeito sintomático no nosso corpo.

O Ser Humano é o resultado de muitas vidas passadas, de muitas mais gerações anteriores à sua e de outras forças no Universos ou de Universos paralelos que lhe conferem as suas múltiplas dimensões.

Em cada existência encarnada, essas múltiplas dimensões manifestando-se nos diferentes corpos de que cada Ser produz a personalidade de cada um o que não é mais do que uma mera capa superficial do que escolhemos e desejamos ser.

Só o AMOR cura tudo. Só o AMOR é a solução... Deus Pai/Mãe é a plenitude desse AMOR.

Tu és na tua essência AMOR... Por isso AMA-TE e sente-te profundamente AMADO por tudo o que és... Tu é imensamente AMADO por DEUS.

Fica bem...

(A Mónada)


domingo, 17 de fevereiro de 2013

O Renascimento


E…
Aqui renasço
Leve, doce…
Esbelta e ondulante,
Misteriosa no sentir
Na leveza
De cada movimento
Percorro todos
Os recantos de mim,
Deleito-me
Na descoberta
Deste Novo Ser
Vibra em Mim
O Som da Criação
Esta eterna sonoridade
Que se manifesta
No meu Coração
Através de um
Novo pulsar de Luz
Expandindo
A Obra Criadora
Através de novos raios
De Luz Compassiva
Libertando toda
A energia sagrada
Que este corpo de Mulher
Contém em cada célula
É o Renascer do Feminino
É o Movimento de AMOR
Expansão e Equílibrio
Para a CURA Universal
É assim que se manifesta
O Amor Incondicional
Desta Nova Deusa
EM MIM



QUE CADA MULHER ESTEJA ATENTA À SUA VOZ INTERIOR E DEIXE RENASCER A SUA DEUSA.




Fiquem na minha Paz


EU SOU A VOZ DO CORAÇÃO


EU SOU


MARLIZ

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Ter uma fé que move montanhas

 
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Vós conheceis a expressão “ter uma fé que move montanhas”. Ela passou para a linguagem corrente e muitas pessoas usam-na sem saber que ela tem origem na passagem dos Evangelhos onde Jesus diz: «Se a vossa fé for como um grão de mostarda, podereis dizer àquela montanha: “Move-te para além!”, e ela mover-se-á.» 

Será que Jesus pensava realmente que os humanos poderiam fazer as montanhas deslocarem-se? Não, pois elas estão muito bem onde a Natureza as colocou. Então, que montanhas são essas de que Jesus fala? 

São montanhas situadas no intelecto, no coração e na vontade dos humanos, montanhas de escuridão, de egoísmo, de preguiça. Essas é que é preciso deslocar, o que só é possível com uma fé inabalável. Jesus, na Palestina, deslocou montanhas? Não, ele não se ocupava desse tipo de coisas. No entanto, ele deslocou montanhas, reinos e continentes inteiros na cabeça e no coração dos humanos.

Mais um excelente texto de Omraam Mikhaël Aïvanhov que nos leva a questionar-nos sobre a nossa fé. Mas fé em quê e em quem? – perguntaram alguns.

A fé de que aqui se fala é o aceitar a nossa essência Divina, o que significa acreditar que somos filhos de Deus e que dele somos parte integrante, que confiamos nos seus desígnios e que nos entregamos ao nosso propósito maior.

Dar assim uma definição parece simples, no entanto é de dificílima aplicação. A nossa ilusão da individualidade que fomos criando ao longo dos anos retiram-nos a ligação inicial que mantínhamos enquanto criança. A integridade e a falta de sermos genuínos retiram-nos a verdade da Unidade com o nosso criador.

Então, para que possamos nos voltar para a nossa essência, com o passar dos anos, a todo o Ser Humano acontecem diversos episódios que geram conflitos internos e as adversidades acontecem. São as crises.

Hoje é comum aceitarmos que vivemos numa crise de valores. Que não sabemos o que é certo e errado e o principal problema reside de que fazemos disto um cavalo de batalha. Vivemos num mundo dual em que parece fundamental discernir o bem do mal sem nos darmos conta que caminhamos para a Unidade com o nosso valor supremo que é Deus.

Tal como na física, quando nos referimos à escuridão como sendo a ausência de luz, assim o “mal”, é um mero afastamento do BEM supremo emanado do AMOR de Pai/Mãe e por isso como algo em si mesmo, ele não existe, tal como não existe a escuridão. Assim de facto, tal como não existe a escuridão, pois é apenas uma mera ausência de luz, também o mal em si mesmo não existe. Apenas existe a ilusão da separação deste BEM supremo.

Em nós, Seres Humanos em processo de aprimoramento e evolução, existe zonas mais e menos iluminadas. Nas menos reside o conceito do “mal” e de tudo o que geramos com essas vibrações mais densas.

Com o nosso permanente olhar para a LUZ do Amor incondicional do Pai/Mãe que agora nos chega por via de irradiação cósmica, desde o núcleo da Galáxia, somos permanente impulsionadas para as nossas crises, para que nos possamos libertar dessas áreas mais densas e de menor vibração. Para nos iluminarmos em todas as áreas e dimensões do nosso Ser.

É neste processo que entra a fé. É aqui que nós podemos mover as montanhas kármicas geradas por diversas encarnações passadas, pela nossa ancestralidade que determinou todo o desenvolvimento civilizacional e ainda pelas nossas representações em realidades paralelas.

São de facto montanhas enormes! Mas, como disse Jesus, é na fé que está a chave do nosso sucesso em todas as áreas da nossa vida.

Vivam pois na fé para que ela vos ilumine em cada crise por que tenhais de passar.

Fiquem bem

(A Mónada)

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Ausência de Desejo



Conta-se que um grande místico vivia em silêncio e solitário, até que foi um dia, acordado por um anjo, um mensageiro de Deus. O místico esfregou os olhos e sentou-se para ver esta lindíssima angélica presença que estava mesmo à sua frente.

O anjo pelo seu lado olhou para os seus olhos e disse-lhe:

- Deus está muito feliz contigo. As tuas preces foram ouvidas e aceites e eu estou aqui para realizar os teus desejos. Basta que me peças, seja o que for, e todos eles serão imediatamente atendidos.

O místico ficou um pouco confuso e respondeu-lhe:

- Meu anjo, você chegou um pouco tarde. Houve um tempo em que precisei de muitas coisas e tive muitos desejos, mas isso agora acabou. Os meus desejos foram-se todos. Eu me aceitei e aceitei a forma como vivo e por isso vivo satisfeito com o que sou e tenho. Nem mesmo me importa mais se Deus existe ou não. Continuo a rezar mas por que isso me faz bem. Rezo como respiro. Por isso acho que chegaste tarde demais pois não tenho mais desejos.

- Mas Deus ofereceu-te esta graça – retorquiu-lhe o anjo. – Não podes ofendê-lo dizendo-lhe isso. Por favor, para meu e teu próprio bem, pede-me alguma coisa.

- O que é que eu tenho de pedir? – perguntou o místico. – Estou feliz e satisfeito com o que sou e tenho, como já te tinha dito. Para além disso tudo está perfeito.
Mas se insistes que eu peça algo, então diga a Deus que desejo continuar a permanecer sem desejos. Que me ofereça a completa ausência de desejos.

(história Sufi de autor desconhecido)

E você aí que lê este texto. Já alguma vez se sentiu assim? Provavelmente não pois a ausência de desejo e plena satisfação de todas as nossas necessidades é algo que muitos consideram impossível ou quase não Humano. Faz parte da condição Humana desejar sempre algo, pois a mente física oscila permanentemente entre o futuro que ainda não existe e o passado que já passou mas que se constitui em memórias que condicionam as nossas ações no presente, na medida em que as mesmas estejam associadas a emoções mais densas como o medo, a culpa e o pesar.

Quando nos focamos no momento presente, observando tudo o que nos rodeia, vivendo simplesmente a vida que nos é presenteado neste Mundo das formas. O desejo simplesmente não existe pois ele pertence ao futuro.

Com a frustração dos desejos não supridos, simplesmente acrescentamos mais bagagem emocional que vamos transportando ao longo da nossa vida até não podermos mais com ela. É essa muitas vezes a grande razão das nossas crises e dos nossos problemas.

A vida sem desejo não significa deixar procurar o nosso caminho e o nosso propósito. Simplesmente significa, como é referido no texto, apenas aceitar hoje e em cada momento a graça da vida tal como ela é. Viver sem desejo é encontrar a plenitude da Paz e da Felicidade e tal nunca poderá significar que se viva sem objectivos e sem o planeamento necessário... nem que seja para atingir este mesmo estágio de “não desejo”. Simplesmente significa que se vive, aceitando, cada momento que a vida nos dá na plenitude da Graça Suprema de Deus.

Reflita agora um pouco. Quantos desejos ainda têm. Saúde? Dinheiro? Reconhecimento Social? Fama?

Cada um de nós é apenas uma energia consciencial encarnada para co-criar no Mundo das formas, de acordo com a sua essência que é Deus. Por isso a melhor forma de existir é escolher viver o nosso momento presente com o sentir do Amor da nossa Alma. Sem desejos. Apenas escolhendo e co-criando em cada momento a experiência da própria existência.

Viva cada momento de cada vez no “Aqui e Agora”...

Fica bem.

(A Mónada)