Vós
conheceis a expressão “ter uma fé que move montanhas”. Ela passou para a
linguagem corrente e muitas pessoas usam-na sem saber que ela tem origem na
passagem dos Evangelhos onde Jesus diz: «Se a vossa fé for como um grão de
mostarda, podereis dizer àquela montanha: “Move-te para além!”, e ela
mover-se-á.»
Será que Jesus pensava realmente que os humanos poderiam fazer as montanhas deslocarem-se? Não, pois elas estão muito bem onde a Natureza as colocou. Então, que montanhas são essas de que Jesus fala?
São montanhas situadas no
intelecto, no coração e na vontade dos humanos, montanhas de escuridão, de
egoísmo, de preguiça. Essas é que é preciso deslocar, o que só é possível com
uma fé inabalável. Jesus, na Palestina, deslocou montanhas? Não, ele não se ocupava
desse tipo de coisas. No entanto, ele deslocou montanhas, reinos e continentes
inteiros na cabeça e no coração dos humanos.
Mais
um excelente texto de Omraam Mikhaël Aïvanhov que nos leva a questionar-nos
sobre a nossa fé. Mas fé em quê e em quem? – perguntaram alguns.
A
fé de que aqui se fala é o aceitar a nossa essência Divina, o que significa
acreditar que somos filhos de Deus e que dele somos parte integrante, que
confiamos nos seus desígnios e que nos entregamos ao nosso propósito maior.
Dar
assim uma definição parece simples, no entanto é de dificílima aplicação. A
nossa ilusão da individualidade que fomos criando ao longo dos anos retiram-nos
a ligação inicial que mantínhamos enquanto criança. A integridade e a falta de
sermos genuínos retiram-nos a verdade da Unidade com o nosso criador.
Então,
para que possamos nos voltar para a nossa essência, com o passar dos anos, a
todo o Ser Humano acontecem diversos episódios que geram conflitos internos e
as adversidades acontecem. São as crises.
Hoje
é comum aceitarmos que vivemos numa crise de valores. Que não sabemos o que é
certo e errado e o principal problema reside de que fazemos disto um cavalo de
batalha. Vivemos num mundo dual em que parece fundamental discernir o bem do
mal sem nos darmos conta que caminhamos para a Unidade com o nosso valor
supremo que é Deus.
Tal
como na física, quando nos referimos à escuridão como sendo a ausência de luz, assim
o “mal”, é um mero afastamento do BEM supremo emanado do AMOR de Pai/Mãe e por
isso como algo em si mesmo, ele não existe, tal como não existe a escuridão.
Assim de facto, tal como não existe a escuridão, pois é apenas uma mera
ausência de luz, também o mal em si mesmo não existe. Apenas existe a ilusão da
separação deste BEM supremo.
Em
nós, Seres Humanos em processo de aprimoramento e evolução, existe zonas mais e
menos iluminadas. Nas menos reside o conceito do “mal” e de tudo o que geramos
com essas vibrações mais densas.
Com
o nosso permanente olhar para a LUZ do Amor incondicional do Pai/Mãe que agora
nos chega por via de irradiação cósmica, desde o núcleo da Galáxia, somos
permanente impulsionadas para as nossas crises, para que nos possamos libertar
dessas áreas mais densas e de menor vibração. Para nos iluminarmos em todas as
áreas e dimensões do nosso Ser.
É
neste processo que entra a fé. É aqui que nós podemos mover as montanhas
kármicas geradas por diversas encarnações passadas, pela nossa ancestralidade
que determinou todo o desenvolvimento civilizacional e ainda pelas nossas representações
em realidades paralelas.
São
de facto montanhas enormes! Mas, como disse Jesus, é na fé que está a chave do
nosso sucesso em todas as áreas da nossa vida.
Vivam
pois na fé para que ela vos ilumine em cada crise por que tenhais de
passar.
Fiquem
bem
(A
Mónada)
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