Foi uma leitura impulsiva, compulsiva também, do que se vai sabendo em cada página.
São muitas as ideias que ficam, muitos os temas de reflexão.
É grande a aprendizagem, o que me agrada, quando leio um livro.
"Tu, que sentias que amavas demasiado e te julgavas tão generosa, dá-te conta de que lhe dás somente o que tu lhe queres dar, de que não te preocupas em saber do que é que ele precisa, de que só dás pela tua necessidade de dar e não pelo bem que lhe poderá fazer a ele o que lhe estás a dar."
O livro trata, romanceando, da terapia de casais. Nessa terapia tem a abordagem de nos levar a reflectir, cada vez que imputamos um erro ao outro, que analisemos o que se passa connosco, que procuremos saber o que nos está a acontecer, o que precisamos ou o que sentimos.
É assim, uma abordagem diferente...
"É muito vulgar perguntar a uma pessoa numa sessão de casais:
- O que se passa consigo?
E ela responder:
- O que se passa comigo é que ele não entende...
E eu insisto:
- O que é que lhe está a acontecer a si?
E ela volta a responder:
- O que me acontece é que ele é muito agressivo!
E eu continuo até ao cansaço:
- Mas o que é que você sente? O que é que acontece consigo?
E é muito dificil que a pessoa fale daquilo que lhe está a acontecer, daquilo de que precisa ou do que sente. Todos querem sempre falar do outro."
Até parece que os autores tinham estado a espreitar o que se tinha passado comigo no dia anterior.
Afinal, que se passa comigo? Que preciso? que sinto?
É essa a minha reflexão.
Rosário