domingo, 3 de julho de 2016

Justiça Divina


"Cada um, na sua vida, tem lições a aprender, erros a reparar, não pode escapar a isso e, de uma maneira ou de outra, tem de “pagar”: pagar para aprender e pagar para reparar os erros cometidos. Esse pagamento faz parte das leis do carma, é preciso aceitá-lo. Aliás, mesmo que ele não seja aceite, isso nada muda, não se pode escapar à justiça divina e também não se pode contorná-la.

Esforçai-vos, pois, por compreender como funciona a justiça divina e confiai nela. É como se todos os erros que cometestes fossem pesar no prato de uma balança e todas as vossas boas ações no outro prato. Então, quando chegar o momento de pagar pelas transgressões, tudo o que tiverdes feito de bom intervirá para que o pagamento seja menos pesado. 

Esta lei é válida em todos os domínios: os esforços que fazeis para vos reforçardes, para vos purificardes, permitir-vos-ão sempre enfrentar as provações em melhores condições. 

Que isto fique bem claro: vós deveis, por um lado, saber que não se escapa à justiça divina, e, por outro, estar sempre conscientes de que tudo o que fazeis de bom se transforma em energias que vos ajudam a triunfar nas provações."

Mais um excelente ensinamento para a nossa vida prática que nos deixou Omraam Mikhaël Aïvanhov. Entender a Lei do Carma é de extrema importância para o sucesso espiritual de cada Ser.

A Lei do Carma é antes de tudo o mais, uma das leis mais elementares do Universo. Já Newton sabia que, para que haja equilíbrio, qualquer força exercida obriga a que haja outra da mesma intensidade e direção mas em sentido oposto. Ora a Lei do Carma é exatamente uma forma de repor o equilíbrio no Campo da Energia Universal (o CEU) e por isso uma forma de Justiça Divina.

Nós somos parte dessa mesma energia Divina e não podemos fugir, de forma alguma, a este processo. Por isso se cometemos algum erro contra alguém ou até contra a Humanidade ou contra a Vida, fatalmente, em algum momento, vamos ter de a saldar, sobretudo quando o erro cometido é premeditado ou é inconsciente (ou seja sem claro consentimento e discernimento). 

Assim, não há injustiças no CEU, pois cada um recebe na medida em que o deu ou que exerceu uma determinada ação que tenha gerado essa energia. 

É como se tivéssemos uma conta corrente no grande Banco de Transações do CEU que está constantemente a ser atualizado por cada forma de energia que movimentamos. Esta energia é a da nossa própria consciência e que determina quem nós somos em cada momento.

É pois através desta nossa energia que depois vamos atrair para a nossa vida todas as situações que nos vão permitir saldar os nossos carmas, convertendo-os em dharmas, sempre que houverem dons que acrescentemos em termos de créditos no nosso saldo.

Lembrem-se no entanto que não obstante haver um Conselho Cármico que determina, coordenada e organiza todos estes processos, só a Sabedoria é que apaga o Carma e essa só se adquire através das vivências e das experiências de Vida.

É por isso que esta Justiça Divina é absolutamente Misericordiosa, na medida que é através dela que podemos aprender e evoluir. Nem os Mestres Ascenso podem intervir, pois isso seria retirar a possibilidade e oportunidade de evoluirmos e aprendermos.

Não há mau nem bom Carma. Pois todos nós estabelecemos à partida e antes de nascermos o nosso contrato encarnacional definindo desde logo quais seriam as nossas lições de vida, quais os carmas a saldar e qual o dharma que gostaríamos de acrescentar. Mais, escolhemos desde logo as nossas parcerias para o efeito, escolhendo pai, mãe e todas aquelas almas afins com as quais vamos interagir durante as nossas vidas.

Também não há um deus pai que pune os seus filhos pelos erros que eles cometem, pois esse deus menor seria por isso mesmo imperfeito e desprovido de misericórdia. Essa é e ainda será por mais algum tempo uma das maiores falsidades e ilusões impostas por muitas religiões que pretendem continuar a controlar as Consciências Humanas.

Lembrem-se bem disto e sintam-se sempre Muito Amados por Pai/Mãe/Filho, reunidos no Divino Espírito Santo.

Fiquem bem,


(A Mónada)

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