sábado, 22 de setembro de 2018

Máscaras


O melhor presente que pode dar ao outro e a si próprio é ser tudo o que é. Neste momento pode não estar ainda a perceber o que se pretende com esta espécie de redundância, mas lembre-se que normalmente está a usar máscaras para não revelar quem realmente é.

Todas as vezes que não diz o que quer, ou sorri quando não quer de facto fazê-lo, ou finge ser alguém que não é, obviamente que está a usar uma das muitas máscaras com que normalmente tenta disfarçar o que verdadeiramente sente.

A razão pela qual usamos máscaras é o medo. Por isso é muito importante descobrir  do que tem medo e investigar o preço que de facto está disposto a pagar por ele quando não se realiza tal e qual o que é e como é.

Muitas vezes as máscaras não são necessárias, mas mesmo assim usa-as nem que seja porque se habituou a usá-las, às vezes durante toda a vida.

Há centenas de máscaras comuns: a máscara do trabalhador compulsivo que normalmente o ajuda a evitar algumas coisas: talvez uma pessoa de quem não gosta ou uma deficiente interação intima em casa.

A máscara da eterna vítima, “o coitadinho de mim” que se queixa de tudo e de todos, até do tempo que faz lá fora. Tudo para tentar atrair a atenção e a compaixão dos outros por si.

A máscara divertida, gregária, que o ajuda a evitar certas situações numa relação mais aberta ou até na intimidade e que normalmente encobre uma grande insegurança.

A máscara da pessoa extremamente amável, bem educada e cortês quando se sente extremamente desconfortável perante outra, que sendo desagradável, no entanto pretende usá-la para lhe encher e massajar o ego de forma a resolver qualquer situação mais complexa.

Enfim são inúmeras as diversas máscaras que quotidianamente são usadas, na maioria das vezes nem se quer é por cobardia ou com a intenção de esconder quem verdadeiramente é, mas simplesmente para se manter aceite no contexto social e familiar em que vive.

Porém quando se é honesto e integro, sendo franco com quem se lida, não há máscaras nem repressão. É-se livre e faz com que todos os que o rodeiam também o possam o ser.

Lembre-se que, tal como em tudo na vida, nem todos tem de gostar de nós, nem temos de ser o centro do mundo.

Assim, convido-o hoje a identificar que máscaras é que usou e no motivo porque as usou. Depois lembre-se que qualquer máscara que tenha criado ou usado para desviar ou evitar o sofrimento ou a perda, também lhe desvia e lhe rouba a alegria e a felicidade que deseja para a sua vida e a dos outros.

Depois sinta-se sempre muito amado, pois Deus Pai/Mãe amam incondicionalmente qualquer um dos seus filhos e querem que eles sejam verdadeiros, honestos e íntegros.

Fiquem bem...

(A Mónada)

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