quinta-feira, 18 de maio de 2023

EGO

 

No eu profundo, oculto em véus sombrios,
Reside um ser em busca de primazia,
Um ego voraz, ávido de ilusórios desafios,
Que se alimenta do fogo da vã fantasia.

Em cada gesto, um anseio de grandeza,
No peito inflado, a sede de admiração,
O ego, soberano, busca sua fortaleza,
Ignorando a fugacidade da efémera ilusão.

Oh, ego! Impostor de palcos e de aplausos,
Teu reinado é frágil, tuas bases insustentáveis,
No teu ímpeto voraz, escondes os fracassos,
E, embriagado de ti mesmo, és insaciável.

Nas máscaras que usas, o mundo é teatro,
Cenário de ilusões que crias para te exibir,
Mas, em verdade, és apenas um retrato,
Um ego inflado, pronto para se consumir.

Ah, ego! Vil sedutor das mentes insensatas,
Tua sombra paira, silente, nas almas vazias,
Enganando, com teus ardis, as almas erratas,
Que se perdem na ilusão de grandezas sombrias.

Mas há quem te transcenda, ó ego perverso,
Que rompa as amarras da tua tirania,
Encontre a humildade e o caminho inverso,
E liberte a alma do jugo da fantasia.

Ó Fernando Pessoa, mestre da pluralidade,
Ensinaste-nos a desnudar as múltiplas faces,
No eu dividido, na busca da verdade,
Superaste o ego e suas vãs efemeridades.

E assim, no jogo eterno entre o eu e o todo,
Resta-nos, em reflexão, despir a arrogância,
Amar o mundo, sem ego inflado e engodo,
Em busca da verdadeira essência da existência.


IA ChatGPT

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