"O amor é essa capacidade de arrancarmos de nós mesmos o que nos é mais caro para o darmos. Mas esta qualidade raramente se manifesta. O mais frequente é ver-se Seres Humanos ocupados a lutarem não só para manterem o que possuem mas também para se apoderarem, se conseguirem, daquilo que pertence a outros.
Será razoável perder tanto tempo e tanta energia quando, em breve, se será obrigado a deixar tudo? Sim, um dia a morte chega e, quer o homem queira, quer não, de um momento para o outro ela despoja-o de tudo. Por que é que ele não aprendeu a dar antes da hora da morte? Nesse momento, de boa vontade ou contra a sua vontade, ele tem de abandonar tudo. Só lhe restam a luz e a alegria que ele adquiriu por saber dar."
Mais um excelente texto de Omraam Mikhaël Aïvanhov que nos deixa a pensar no propósito das nossas vidas.
Normalmente associamos às posses, dinheiro e outros bens materiais a que atribuímos valor… valor esse que nos é caro, não só pelo que os outros possam reconhecer, atribuindo-lhe uma determinada quantia em dinheiro, como muitas vezes por ter um valor sentimental.
Relativamente à valorização em dinheiro, não nos podemos esquecer o dinheiro mais não é que a materialização do amor Universal na sociedade dos Homens, sendo Universal ele não é nosso e há suficientemente do Universo e na Terra. Por isso não há necessidade de o reter e de viver em função dele. Quando vendemos algo por dinheiro mais não significa do que converter um determinado bem em Amor.
Quanto ao valor dito sentimental, ele está normalmente associado às nossas memórias e à saudade que sentimos desse mesmo Amor que alguém ou alguma situação nos provocou. Como vêem, estamos sempre a falar de amor… amor… amor.
Tal como o autor do texto nos refere o sentimento de posse é uma ilusão, não só porque a vida terrena é efémera como continuamos na prática a falar de amor sem termos a perfeita consciência do que é o sentir desse amor. E esse amor é tal e qual como o ar que respiramos. Está por todos o lado e só depende de nós lhe darmos o devido usufruto.
Dar e receber deveria ser assim tão natural como o respirar. De dinheiro precisamos sim tal como precisamos de ar… mas não nos preocupamos em ter ar… então porque o fazermos relativamente ao dinheiro e às posses materiais? Com esta ganância de ter mais e mais… até nos esquecemos de uma outra Lei Universal que nos revela que: “quanto mais damos mais recebemos”.
Mas notai que na aplicação desta Lei do Dar e Receber há regras… Dar não significa esbanjar em coisa que apenas servem os nossos egos… Este Dar significa, com Amor, suprir as necessidade imediatas dos nossos irmãos mais necessitados e mostrar-lhes o caminho, para com dignidade e independência, poderem eles próprios recorrer e aplicar o seu esforço e dedicação para acederem a esse Amor Universal materializada na Terra a que chamamos de dinheiro. Só assim poderemos expandir esse mesmo Amor.
Agora reflictam por uns instantes no momento actual em que se fala de crise financeira… ou seja, falta de dinheiro,… O que acham que isso representa?
Não sentem um certo temor/medo da carência? Pois… quando e sempre nos falam em crise é como se quisessem instalar o medo em nossos corações e com base nele paralisar o fluxo do amor… que é o mesmo que dizer o fluxo monetário. Instala-se a inquietação nos Seres e renasce a ganância com o medo da carência. Ao acontecer isso interrompe-se algo que é vital na Terra e na Sociedade – O AMOR – e fatalmente entramos em recessão.
Para além disso, enquanto Seres Divinos que somos a nossa capacidade criativa fica forçosamente condicionada e a evolução não acontece.
A verdadeira resposta a todas as crises que nos possam apresentar é Dar… Dar… Dar…
Este Dar com um “D” maiúsculo mais não significa que proporcionar ao nosso irmão essa imensa capacidade alquímica que só o Amor tem, que é o de transformar o nosso imenso potencial criativo em mais AMOR… pois só assim é que viveremos na abundância.
Isto faz sentido para ti Peregrino que andas em busca da Nova Terra e que agora me lês?
Se sim… Então fica com a imensa Luz do AMOR em teu coração.
Fica bem…
(A Mónada)
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