"Ter uma família, amigos, trabalho, lazeres, não é suficiente para se ser feliz. A prova disso é que muitas pessoas que podemos considerar privilegiadas não são felizes. Porquê? Porque não sabem corresponder às necessidades da sua alma. A alma necessita de viver na imensidão, no espaço infinito, no ilimitado. Ora, o homem comprime constantemente a sua alma, entrava-a, abafa-a; ele quer que ela se contente com ninharias: alguns sucessos no plano material, alguns prazeres, algumas bisbilhotices...
Então, a alma sofre e queixa-se ao homem: «Eu quero ser livre, e tu, com as tuas ocupações e preocupações banais, mesquinhas, fazes-me ficar amarrada. Eu sou filha de Deus, o espaço é o meu elemento, eu tenho necessidade de me dilatar na vastidão celeste.» Experimentai, pois, pelo menos durante alguns minutos, deixar a vossa alma levantar voo e dilatar-se no espaço... Deixai-a evadir-se até se fundir com o Universo inteiro... E então sabereis o que é a felicidade."
Texto de Omraam Mikhaël Aïvanhov
A maioria dos homens vive na sua pequenez do dia-a-dia. Outros anseiam o poder e tudo parecem ter: dinheiro, família, bens materiais, saúde… Mas não são felizes. O seu coração endureceu e a sua alma fica cada vez mais constrangida e diminuída. Este Ser perdeu completamente a orientação do seu propósito maior que é AMAR.
Nós somos filhos das estrelas que um dia nos elevámos da terra e usando as suas moléculas, reorganizámo-las em organismos complexos constituídos por milhares de milhões de células, cada uma contendo a energia da nossa consciência e assim nos tornámos terrenos e limitados.
No entanto, se não fosse por eles processo misterioso e insólito em todo o Cosmo, jamais seriamos capazes de co-criar na densidade dos corpos rígidos de que o Universos também é constituído… ainda que num ínfima parte.
Na nossa pequenez Mundana esquecemo-nos por completo da nossa verdadeira Dimensão Divina e Cósmica. Tornamo-nos medrosos, gananciosos, egoístas e mesquinhos. Perdemos o verdadeiro sentido da Vida. Perdemos a consciência da nossa eternidade e do nosso verdadeiro Lar.
Neste texto o autor relembra-nos de novo, que somos na nossa essência, Seres Divinos, filhos de Deus Todo-poderoso. Mas este poder advém-nos da nossa essência que sendo perfeita e amorosa nos devia de encher todo o corpo de Vida. No entanto esgotados e diminuídos perdemos por completo a fé. Passamos anos e anos apegados ao nosso plano material sem verdadeiramente darmos azo à co-criação na matéria do que afinal somos – Amor.
Vivemos na miséria de suportar um trabalho de que não gostamos, pessoas que não gostamos, fazendo um enorme esforço para sobreviver numa sociedade que julgamos agressiva e maldosa. Somos perfeitamente incapazes de aplicar o nosso Amor no nosso trabalho e vivência quotidiana e por isso adoecemos constantemente… seja desde as meras constipações até às doenças que nos podem levar ao desencarne.
Vá, experimenta só por hoje não te irritares, não te preocupares, seres doce e brando, respirar tranquilamente o ar puro… e contemplares por todo o lado as obras da criação Divina.
Por uns momentos sente-te abraçado por todo um Universo que te ama. Por um imenso fervilhar de vida que neste planeta abençoado por Deus aos poucos se eleva em AMOR. Sente o teu coração a bater ao mesmo ritmo do pulsar desta Terra que é provisoriamente a tua morada enquanto Ser Humano que és.
Tu és imensamente AMADO e por isso sê Feliz… Nem que seja só por hoje.
Fica bem…
(A Mónada)
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