quarta-feira, 1 de agosto de 2012

LETRAS QUE SE SOLTAM



Porquê a insistência
Em se deixarem iludir
Por um falso vazio
Deixado pelas palavras…
Será esse o verdadeiro sentido
Ou será  a incongruência
Das ideias
Dos novos fatos ou das próprias palavras
Lançadas ao vento
De forma temerosa mas alucinante
Por gargantas sequiosas
De novas luminosidades
Expressas pela arte da escrita
E pela ciência da palavra falada
E que já há algum tempo perdeu
A sua espontaneidade
Porém cada vez mais
Ouvidos sensíveis e atentos
Captam a beleza e a sua sonoridade
Como Cânticos timbrados
De melodias inacabadas
Pela roda incessante
De vidas entre vidas
Elas teimam, elas ficam gravadas
E através dos tempos
Elas soltam-se livremente
De boca em boca
Libertando-se das teias
Dos nossos registos
Espalhando-se pelo eco
Da brisa que as suporta
São gritos contidos
Gestos suspensos
Mãos trémulas pela exuberância
Dos traços que são o berço
De tantas histórias inacabadas
Caras de espanto
Olhos rasgados
Na doçura das lembranças
Na surpresa da incoerência
Das palavras não ditas
Mas gravadas num Coração intemporal
Através de um profundo sorriso
Que ilumina
UM rosto já inebriado
Pelo doce sentido da Vida
Assim se unem
Milhões de Corações
Amantes das palavras
Que nos envolvem
Que nos fazem renascer
Elevando a Sabedoria
Daqueles que as desejam
Que com elas se
Fundem apaixonadamente
Alimentando todas as almas
Que povoam a eternidade
COMO ETERNA FONTE DE VIDA.


QUE NUNCA A VERDADEIRA PALAVRA DEIXE DE FLORESCER NA GARGANTA DE CADA SER.


Fiquem na minha Paz

EU SOU A VOZ DO CORAÇÃO

EU SOU


MARLIZ

Sem comentários: