sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Estados Emocionais


"Vós achais que a vida é difícil, e é verdade; achais que os humanos são, muitas vezes, maus e ingratos, o que também é verdade. Mas será isso razão para estardes sempre revoltados, indignados, azedos? Não vos dais conta de que, com essa atitude, acabais por prejudicar-vos?

Alguns dirão que não conseguem deixar de ficar indignados com aquilo que acontece no mundo e que, se se prejudicam, ninguém pode censurá-los por isso, pois é só a si próprios que estão a fazer mal. Pois bem, este raciocínio prova que eles não têm uma compreensão correcta das coisas.

Os humanos estão todos ligados uns aos outros e, se vós estiverdes tristes, deprimidos, sombrios, isso reflecte-se nas pessoas com quem vos relacionais. Não desejais fazer mal a ninguém? Aparentemente, isso é verdade, não fazeis mal às pessoas, mas, na realidade, fazeis, porque propagais ondas e partículas negativas. Vós julgais-vos separados dos outros, mas estais enganados: os vossos pensamentos e os vossos sentimentos agem sobre os vossos pais, os vossos amigos, até sobre os animais, as plantas e os objectos que vos rodeiam. Aqueles que fazem mal a si próprios fazem mal ao mundo inteiro; por isso, não são mais inocentes do que aqueles contra os quais se indignam."

Palavras sábias de Omraam Mikhaël Aïvanhov que nos ensina que não é apenas nós que prejudicamos quando pensamos mal de nós… seja a que nível for…

Por exemplo: Tu que te irritas com o teu filho pois ele não assume um comportamento ou atitude de acordo com os teus valores ou padrões morais, então ganha consciência que este estado de irritação não te prejudica apenas a ti… de facto vais ficar de tal forma pesado que com facilidade vais falar rispidamente com todas as outras pessoas com quem vais interagir, devido ao teu estado de irritação. Mas se isso para ti ainda é insuficiente, então sabe que os padrões morais ou valores que defendes para o teu filho não tem de ser os dele… pois ainda não deste entendimento que esses valores e padrões fazem parte do teu ego e fazeres juízos e críticas sobre os comportamentos e atitudes alheias podem levar-te  a graves erros de análise… pois ao fazê-lo confrontas-te com a tua realidade e esta não é a realidade dos outros.

Com isto não quero dizer-te que não devas ensinar ao teu filho os teus próprios valores morais… claro que sim. Mas também tens de lhe dar o espaço próprio para ele os assimilar e a partir daí fazer a suas próprias escolhas, assumindo a consequência delas. Por isso de que te serve ficares irritado?

Como vez… o estado de irritação faz mal a ti, a todos os que te rodeiam e pode ainda agravar, por oposição, o resultado da tua educação. Por isso é extremamente negativo, para ti, para o teu filho, para todos as pessoas com quem te relacionas… e, talvez ainda não saibas,… mas de facto é também negativo para toda a Humanidade, pois todos os seres humanos estão interligados no que podemos chamar pelo campo unificado de consciência humana… ou se preferires no inconsciente colectivo de Todos nós.

O quê? Ainda continuas a querer sentir-te irritado? Porquê essa teimosia?

Então sabe que ao converteres essa irritação em num outro estado de relaxação e temperança, vais começar a ver a situação por outros ângulos e vais voltar ao teu centro. Aí através do teu amor vais perceber que a melhor forma de ensinares o teu filho é através do teu exemplo, e vais aceitando as suas escolhas e assim abrindo espaço para uma maior compreensão e comunicação.

O Amor é isto mesmo… comunicar, partilhar, dar incondicionalmente o melhor de nós ao outro e sobretudo deixar que o outro siga com a sua própria vida e o com o seu destino, sabendo que este amor que tu sentes não se esgota nunca… porque é teu e a sua fonte és tu.

Sente-te por isso sempre muito Amado. E entende que todos os estados emocionais mais pesados não passam de manifestações pobres do teu Ego…

Fica bem

(A Mónada)

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