"Muitos dos sofrimentos de que os humanos se queixam advêm de eles quererem apossar-se do que pertence a outros: objectos, terrenos, homens, mulheres, situações, etc. E, evidentemente, é aos outros que eles atribuem as culpas, por os considerarem um obstáculo às suas cobiças e às suas ambições. Mas nunca conseguirão ver-se livres desses sofrimentos se não começarem a compreender que são eles próprios que os provocam.
Todos os humanos conhecerão este tipo de sofrimentos enquanto não tiverem compreendido que nada do que eles possuem ou desejam possuir pode proporcionar-lhes a verdadeira felicidade. Alguém sofre porque não tem meios, porque se sente fraco ou doente, porque é ignorante, ou feio, ou está só; mas possuir riqueza, poder, saúde, saber, beleza, e estar rodeado por muita gente, nunca impediu ninguém de sofrer. Por vezes, até se fica surpreendido ao se descobrirem os sofrimentos interiores com que se debatem homens e mulheres de quem se diz que têm tudo para ser felizes. Sim, eles têm tudo menos o essencial: a necessidade de viver a vida espiritual, sem a qual não poderão ter a verdadeira felicidade."
Neste texto Omraam Mikhaël Aïvanhov volta a falar da nossa ilusória necessidade de posse. Ilusória porque mesmo em termos físicos, legais e terrenos, o que julgamos possuir hoje, por qualquer circunstância, poderemos já não possuir amanhã.
Pois saibam que há povos, que por diversos motivos, nunca aculturaram essa necessidade de ter ou ser em termos sociais. Falo-vos de diversos povos africanos, onde claramente o importante não é a posse mas sim o usufruto que se tira de, em cada momento, se poder dispor de algo que nos facilite a vida ou que nos possa dar prazer.
No entanto, nas civilizações ditas mais desenvolvidas, não só existe essa espécie de necessidade de ter mais e mais, como a cobiça e ambição de as querer subtrair aos outros, como se com o mal dos outros se ficasse de alguma forma melhor, sobretudo, tendo mais ou tendo algo que o outro não o tem, ou que sendo único nos pode evidenciar ou exclusivisar perante a sociedade.
Acham isto demasiado mau?!?!?!... e que nada tem que ver com o vosso actual estado de desenvolvimento espiritual?
Olhem como se vestem, por exemplo, e como escolhem a roupa que compram?
Tu aí que já és terapeuta e que ajudas os outros a equilibrarem-se em termos energéticos vê como anuncias o que fazes e como te procuras diferenciar dos demais que podem fazer rigorosamente o mesmo que tu? Julgas-te único e especial? E o que pensas ser isso?
Claro que ao integrarmos estes apegos no nosso Ego e no momento em que os mesmos nos forem retirados… isto vai causar-nos dor e sofrimento… Por isso o autor refere com muita clareza que “possuir riqueza, poder, saúde, saber, beleza, e estar rodeado por muita gente, nunca impediu ninguém de sofrer.”
Pode até parecer-te muito estranho, mas acredita que quanto mais se tem ou se julga ter, seja do que for, maior será a dor e o sofrimento, pois nada possuis de facto. Apenas podes e deves usufruir do que o Universo coloca à tua disposição para concretizares o propósito Maior da tua Vida… e esse… quer o aceites ou não... é AMAR…
O AMOR é a única coisa que importa e que te trará felicidade. Para isso terás de O descobrir dentro de ti… e essa é verdadeira e única fonte de toda a riqueza que poderás possuir nesta Vida.
A riqueza de estares VIVO, de poderes co-criar mais e mais AMOR à tua volta.
E… só assim… te poderás sentir, afirmar… e decretar.
Muito AMADO EU SOU, AMADO EU SOU, AMADO EU SOU!
Fica bem
(A Mónada)
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