"Dada a natureza do trabalho que faz com os seus discípulos, um Mestre espiritual precisa de saber com o que pode contar. E só pode contar com seres que têm uma profunda necessidade de se libertar, de vencer as suas fraquezas. Em relação aos outros, ele não tem ilusões: em breve eles abandoná-lo-ão ou até procurarão prejudicá-lo. Mas, quando eles vieram procurá-lo, ele aceita-os, deve dar-lhes uma hipótese, e procura ajudá-los, pois não ignora até que ponto a existência de cada um é difícil: eles talvez não tenham tido boas condições, bons exemplos.
Mas a realidade é aquela e ele sabe o que deve esperar.
Portanto, quando se lhe apresenta uma nova pessoa, um Mestre espiritual não se interessa pela sua posição social, pelos seus diplomas, pela sua fortuna. Para ele, o importante é o ideal dessa pessoa, o modelo que ela tem como referência. E é isso que ele procura descobrir, não só através das suas palavras, mas também do seu olhar, dos seus gestos e de tudo o que emana dela, pois é por estes sinais, por vezes imperceptíveis, que uma pessoa se revela verdadeiramente."
Mais um maravilhoso texto de Omraam Mikhaël Aïvanhov que toca em dois pontos fundamentais. A nossa essência divina e a forma como um Mestre se deve sintonizar com qualquer um que o procura.
Antes de mais, lembremos do que somos efectivamente. Nós somos uma energia consciencial, ou seja, uma presença de existência consciente, que anima um conjunto muito vasto de células (mais de três triliões) constituídas por moléculas terrestres, que ao se arranjarem e organizarem de forma única, obedecendo à nossa consciência, nos dão a forma e a matéria para as nossas co-criações.
Quando morremos, deixamos esta “fatiota biológica” e ela rapidamente se deteriora e reduz-se à mesma matéria inerte sem vida. Nós somos essa VIDA e essa LUZ. Parcela Divina que encarna através de um Portal multidimensional que normalmente chamamos de nascimento.
Quando encarnamos e nascemos tornamo-nos donos de um poderoso instrumento corporal que é capaz das mais maravilhosas obras materiais ou mais subtis. Podemos mover montanhas ou simplesmente sentir compaixão pelo nosso semelhante. Mas porque temos o livre arbítrio podemo-nos querer esquecer do que efectivamente somos e acharmos que somos apenas Ego e nessas circunstâncias podemos fazer as piores coisas que possamos imaginar.
Deus está presente em todos nós… mas em todos nós também existe o esquecimento e afastamento divino que forçosamente, mais tarde ou mais cedo, nos conduz à dor e ao sofrimento.
E por isso só quando sentimos uma profunda necessidade de nos libertarmos e ficarmos presentes e perante a nossa essência divina é que estaremos aprendendo a viver verdadeiramente em alegria, amor e paz em comunhão com Deus.
Um Mestre espiritual é pois aquele que apenas reconhece no outro a sua essência espiritual.
Um Mestre espiritual sabe que cada alma se espelha na outra sua igual e que tal fornece a ambos sempre momentos de grande aprendizagem conjunta e de evolução a partir do auto-conhecimento.
Um Mestre espiritual vê o Pai/Mãe em cada um dos seus semelhantes e porque sabe que seu Pai/Mãe o ama profundamente, sente-se sempre seguro, sereno e em paz porque nele se pode entregar e confiar. No entanto, não o faz por ser ingénuo ou descuidado, faz por uma profunda compaixão que é emanada pelo seu coração.
Um Mestre espiritual porque assim AMA, vive sempre na presença de Deus.
Tu tal como eu somos todos Mestres espirituais se assim o quisermos Ser.
Pensa e sente isto no mais profundo do teu coração e…
Fica bem…
(A Mónada)
3 comentários:
talvez quando somos pacientes sabemos perdoar e amamos incondicionalmente possamos ser Mestres, mas é tão dificil gerir o ego
bjs
Concordo plenamente!
Somos terrenos por isso esquecemo-nos que a centelha divina habita dentro de nós.
Bem hajas Nave Azul pela partilha.
Multiolhares e Rute
Obrigado pelos vossos comentários... bem hajam por continuarem a viajar nesta nossa NAVE.
Fiquem bem...
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