Ao celebrar-se a Páscoa, todo o Mundo cristão volta os seus olhos
para a morte e ressurreição de Jesus. Porém a Igreja Católica olha normalmente
esta episódio da vida de Jesus como um supremo ato de Amor de Deus ao entregar
o seu filho Jesus para o suplício da Cruz, para a remissão de todos os pecados.
Porém, sendo nós igualmente filhos de Deus e Unos com Jesus, este sacrifício
não faz propriamente muito sentido, pois o Amor do Pai e a sua infinita
Misericórdia poderia manifestar-se de qualquer outra forma. Até parece que Deus
precisaria, com este sacrifício de seu filho muito amado, de justificar todos
os erros que o Homem, de forma inconsciente comete, contra si mesmo e contra o Planeta.
Deus enquanto LUZ suprema não precisa de semelhante ato de
redenção.
Porém o Homem precisa de aprender o sentido do verdadeiro valor do
amor incondicional que tal ato representa, assim como a lição de Fé que elimina
totalmente o sofrimento Humano, superando todas as dores, mesmo as mais cruéis
e bárbaras, como as que foram praticadas contra Jesus.
Vejamos pois que toda a paixão de Jesus se resume a um profundo ato
voluntário de Amor incondicional para com toda a Humanidade passada e futura, por
toda a Vida manifestada na Terra e por toda uma nova forma de estar e ser na
plenitude da Consciência do Pai. Para tal entregou-se e submeteu-se a um
conjunto de atos injustos e bárbaros comummente aceites naquela sociedade, como
boas práticas de política, de religião, de justiça e regras de comportamento
social. É este o verdadeiro ato de amor incondicional.
Pelo outro lado é uma espantosa lição de Fé ao entregar-se por
completo ao destino que o Pai lhe tinha confiado. Quantos de nós somos capazes
de fazer o mesmo ainda hoje?
Normalmente assumimos como sinónimo de ter Fé o acreditar na
existência de Deus e de uma vida espiritual, mas não é só. Quantos de nós somos
capazes de confiar nos desígnios que Deus, através do nosso propósito de vida,
e não se revoltar contra qualquer contrariedade que nos surja na vida? Se
calhar muito poucos ou meramente aquele que já tenham uma clarividência de tal
forma evoluída que lhes permita ver para além da adversidade que têm de
enfrentar. Agora, a entregar-se por completo nas mãos do Pai, ao reconhecer na
sua adversidade um propósito de desenvolvimento da sua própria alma. Bom aí
será exclusivamente para os eleitos e é Divino.
Esta é verdadeiramente a lição da redenção pela Fé e pelo Amor ao
Pai que se manifesta em cada um, a partir da sua própria essência. Perante este
Amor e Fé não há dor que cause sofrimento. Pois todo o sofrimento é transmutado
em puro AMOR na consciência UNA que tudo
é.
Mas Pai que é Pai não necessita que seus filhos muito amados lhe
demonstrem tal obediência, amor ou fé. São os próprios Homens que precisam de
aprender a obediência para poderem por ordem nas suas vidas. São os próprios
Homens que precisam de saber e viver o Amor Incondicional para poderem aprender
a verdadeira unidade e fraternidade Universal. São os próprios Homens que
precisam de saber viver na Fé com a sua própria essência Divina, para que um
dia se possam assemelhar a seu Pai e assim conviver no sua Unidade e expandir
todo o Seu Poder de Criação.
Esta é a verdadeira redenção de Jesus, o que Ele seguramente
quereria que nós aprendêssemos do seu testemunho e exemplo.
Sintam-se muito amados nesta época Pascal.
Fiquem bem
(A Mónada)
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