quinta-feira, 31 de maio de 2018

Parábola - Compreender Deus no nosso interior


"Um dia um discípulo disse ao seu Mestre:
- O Mestre ensina que Deus está nosso interior. Mas como pode a Vastidão, o Incomensurável estar no que é limitado pelo espaço-tempo?
- Vai ao Ganges e traz um litro de água - pediu-lhe o Mestre.
Quando o discípulo voltou com a água, o Mestre disse-lhe:
- Esta não é a água do Ganges!
- Não compreendo, Mestre. Claro que é, fui eu mesmo que a recolhi?!
- Mas onde estão os peixes? e as tartarugas? e os fieis que nele se banham? e os monges que fazem as abluções? e os cadáveres que as águas arrastam?
- Nada disso veio nesta água! - exclamou o Mestre.
- Agora vai e atira-te ao Ganges! - pediu-lhe o Mestre.
Estando ele banhando-se no rio o Mestre disse-lhe:
- Agora o teu litro de água misturada com a água do rio contém tartarugas, peixes e tudo o que antes não tinha. Essa sim, essa é que é a verdadeira água do Ganges."

Conto retirado do Livro: Brumas do Tempo de José Caldas

Esta pequena parábola não só nos ensina à cerca da nossa dimensão Divina como mostra o caminho para a nossa União com o Divino.

A água confinada ao vasilhame que o discípulo utilizou para recolher a água do Ganges representa a nossa essência Divina quando a limitamos ao nosso viver materialista do dia-a-dia, no entanto a água continua a ser do rio tal como a nossa energia é Divina.

No entanto, a riqueza da água nunca pode estar confinada ao vasilhame, tal como nós próprios não somos apenas os atributos de um corpo físico de um ser que, por mais evoluído que seja, apenas contribui de forma muito limitada para essa mesma riqueza.

Assim, Deus em nosso interior é a energia que nos conecta e nos faz comungar do Todo que é Deus, fonte que tudo é. Tal como quando o discípulo se banhou no Ganges com a mesma água que tinha recolhido com o vasilhame.

Por isso sente-te muito amado. Pois Deus é amor tal como o teu coração que teimas em não querer sentir.

E o sentido da tua vida é o mesmo do discípulo quando se banhava para sentir e fazer parte de toda a riqueza do Ganges. Assim, também tu deves te permitir reconectar-te com o teu EU SUPERIOR para que assim sejas pleno em comunhão com Deus Pai/Mãe que muito nos Ama.

Fica bem.

(A Mónada)

Sem comentários: