segunda-feira, 4 de junho de 2018

Eu Superior - 1ª Parte


O que tu és não se resume ao que vês sobre ti pois o que tens hipótese de te aperceber é muito pouco do que cada ser humano de fato é.

Estamos presos, em temos conscienciais, ao que os nossos órgãos sensoriais captam e ele captam muito pouco do que poderíamos observar, do que apelidamos de realidade exterior.

Os nossos olhos, por exemplo, captam a Luz visível que representa uma minúscula parte do espectro rádio-eléctrico. A nossa retina apenas permite-nos captar pouco mais de 15 a 20 imagens por segundo e estamos a falar do principal órgão que priorizamos quando construímos no nosso cérebro a representação dessa mesma realidade.

Ao pensarmos assim só podemos considerar ridículo o que captamos de todo um meio envolvente, cheio de outras componentes que não temos como ver e de captar de alguma forma.

Mas sabemos que existe, pois a nossa mente científica acredita em tudo o que obedece à lei da causa-efeito. É por isso que falamos ao telemóvel sem perceber como são efectuadas as comunicações, pois não temos como as sentir ou enxergar. Já paraste para pensar que há apenas pouco mais de 30 anos não havia nem telemóveis nem internet e se visses alguém a falar para uma caixa de plástico irias julgá-lo maluquinho?

O que nós somos tem também existência em domínios que temos muita dificuldade em nos apercebermos, sobretudo quando por vezes nem sensibilidade temos para sentir as nossas próprias emoções, até porque normalmente as desvalorizamos de tal forma que as bloqueamos, sem nos apercebermos que isso é uma das maiores causas de doenças.

Sim... agora que falo nisto começas a despertar e com certeza que te perguntarás: Então como é que me posso aperceber das minhas dimensões desconhecidas ou até da minha verdadeira dimensão?

A única resposta possível é simplesmente fugires a todos os mecanismos da lógica mental inferior que continuamente te condiciona à percepção sensorial, ou seja, deixares simplesmente de pensares, e valorizares muito mais a tua própria intuição, ou se preferires, aquilo que muitos chamam de sexto sentido.

Esta é a única fuga possível à tal pseudo realidade pequenina. A técnica para conseguires tal, é aprenderes a meditar e a encontrares o espaço em ti mesmo, onde aflui todos esses momentos intuitivos e tentares dares-lhes um significado.

Para que percebas exatamente do que estamos a falar, trata-se do mesmo mecanismo interno, que todos nós temos, e que nos leva a realizar coisas completamente ilógicas ou fora da racionalidade, como por exemplo apaixonarmos por alguma coisa ou por alguém sem saber o porquê, rirmo-nos quando temos vontade chorar e vice-versa. Tomar decisões não pela lógica mas pelo sentir do coração. Sermos criativos sem nos preocuparmos de onde vem essa mesma criação.

É pois por esta via do não pensamento, do foco da nossa atenção no fluir da nossa energia interior, da nossa imaginação animada pelo fluir da energia em nosso coração, que vamos acabar por encontrar a nossa Alma e mais além. Ao entrarmos dentro dela acabamos por nos apercebermos da sua dimensão Cósmica e de um abundante fluxo de sabedoria que no início não sabemos de onde tudo isso vem.

Esse Ser gigantesco e Cósmico é afinal aquilo que podemos chamar de o Eu Superior e é a partir desses encontros contigo mesmo que começas a expandir a tua consciência.

Voltaremos a este tema no próximo post.

Até lá... começa por te sentires cada vez mais amado.

Fica bem...


(A Mónada)

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