"Querer
fazer o bem é uma coisa e fazê-lo realmente é outra. Sim, infelizmente, o
desejo de fazer o bem é insuficiente: nós devemos também ser muito lúcidos e
honestos para admitir que, crendo que estamos a agir bem, podemos cometer erros.
Por isso, devemos estar ainda mais desconfiados em relação a nós mesmos do
que em relação aos outros. E também pode acontecer que, agindo bem, se atraia o
ódio, as inimizades.
Ouve-se
muitas vezes as pessoas dizer: «Fazei o bem e colhereis o mal», e é verdade.
Mas isso não deve justificar o egoísmo e a recusa de ajudar os outros. Então,
qual é a
atitude
do sábio?
Ele
faz o bem com conhecimento de causa e, se colher mal de volta, não ficará
surpreendido nem triste, pois sabia à partida aquilo a que se expunha.
Portanto, aquele que quer fazer o bem deve primeiro estudar honestamente as
suas intenções e os meios que utiliza. Depois, deve saber que, mesmo que faça
realmente o bem, pode receber o mal como retorno."
Neste texto de
Omraam Mikhaël Aïvanhov, deparamo-nos de novo com o que se chama de mente dual.
A mente típica de quem ainda não realizou a unificação do Ser, e por isso ainda
pensa no bem e no mal e efetua julgamentos sobre os seus comportamentos e
atitudes.
Há medida que
procurarem ser íntegros, o que significa, efetuarem a unificação entre a vossa mente,
geralmente egoica, com o sentir da vossa alma, a ideia do que é o bem e do que é o mal vai desaparecendo, pois vai irá prevalecer o momento perfeito da co-criação
e o que vos surgirá serão apenas momentos de adversidade, que vós próprios atraem
para poderem ir aprendendo e evoluir em LUZ e AMOR.
De facto o mal
não existe, o que apenas existe é o bem e o afastamento dessa mesma LUZ e AMOR.
Normalmente aquilo que vos parece ser o mal não é mais do que zonas de sombra e
densidade que ainda vão existindo dentro de vós e que carecem de ser
trabalhadas ao nível do seu reconhecimento, aceitação e auto-perdão.
Com isto, não
queremos dizer que se devem libertar de todo o sentido de ética e de moral. Não
se trata de isso, pois quando se realizar a unificação do sentir da alma com a
mente física, deixa de ser necessário o auto-sentido de ética e de moral, pois
não se consegue realizar algo que vá contra o sentir da alma. E mesmo assim
quando algo assim não acontecer, imediatamente a alma toma conta do Ser
levando-o a repor a ordem do AMOR e da LUZ na sua atuação ou no assumir das
suas responsabilidades, tomando por isso conta da mente e da vontade.
É simplesmente
maravilhoso quando o Ser se torna Uno com a sua Alma e assim com toda a vontade
da sua essência Divina, em plena comunhão com Deus.
Por isso, tal
como refere o autor deste texto, o mais importante é a intenção que colocarem
em tudo o que fazem, que vivam cada momento no seu agora, para que a mente
física opere para aquilo que ela mesmo foi destinada e deixar que seja o sentir
da alma a operar as vossas escolhas.
E vivam sempre
a sentirem-se profundamente amados.
Fiquem bem
(A Mónada)
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