sábado, 4 de novembro de 2006

Falar... mas de coração


Tenho observado o poder das palavras... sobretudo o poder da palavra falada.
Sinto que estamos tão imbuídos de automatismos no falar que nem damos conta da forma como o fazemos e na maioria das vezes nem do que falamos...

Será que conseguimos discernir as consequências que tal assume em nós e nos outros?

Saibam então que há ainda hoje culturas (a india na América do Norte), diferentes da nossa, que acerditam que as consequências das palavras carregadas de emoções, geram consequências para as próximas sete gerações...

Livra! Dirão alguns...

Pois se for assim temos de passar a dar mais atenção à forma como falamos, à intenção das palavras à forma de pensamento que as originou, à emoção por mais subtil que ela seja em que elas estão imbuídas.

Vejam este texto adaptado de Cristiane Boog:

"O coração é o plexo que representa o encontro da matéria com o espírito. Se fizermos uma análise da forma com fluem as bioenergias nos chacras, começando no chacra da raiz, veremos é no coração que a Kundalini (emanada da matéria) se começa a se espiritualizar. Por outro lado, se começarmos pelo chacra da coroa e formos descendo, é no coração que a energia mais espiritual começa a se corporizar.




Então, quando falamos podemos deixar a energia (palavras, frases) sairem de vários lugares. Da raiva, do medo, da inveja, do ciúme, da crítica, .... ou do amor, da tolerância, da compaixão, do entusiasmo, da alegria.

Creio que existem poucas pessoas que tem a capacidade de transmitir amor através das palavras de uma maneira natural. A maioria de nós precisa respirar, deixando a negatividade se afastar, para desta maneira poder se abrir e deixar o amor fluir.


Sim, falar amorosamente é se abrir. Se abrir para a vida. E falar com amor não significa ser bonzinho, ser capacho, engolir sapos.


É fantástico quando podemos simplesmente dizer as coisas, de uma maneira conectada, com dignidade, com presença de espírito.


Sem agredir o outro, sem desdenhar o mundo, sem medo. Então, cabe a cada um de nós resolver a própria agressividade, a própria inveja, o ciúme etc.... Mergulhar dentro de si, transformar a densidade em Luz e oferecer para o mundo um ser humano mais interessante..."


Eu sei que não é fácil...


Mas só em ganhar consciência disso já parte da solução. Agora é irmos experimentando... testando... vivenciando a ternura do nosso coração.


Fiquem bem.


(A Mónada)

1 comentário:

Anónimo disse...

Sim, tens razão! Custa afastar a raiva da palavra. Custa afastar o medo. Custa afastar o abandono.

Mas é possivel. Consegue-se sim! E então, fica-se mero espectador do que é dito e, enquanto espectador, pode-se imbuir a palavra de tranquilidade, de ternura até!

Pode-se então, também, carregar a Palavra de amor....

Fica bem.

rosario