quarta-feira, 27 de junho de 2007

É o estado de enamoramento que procuro...

É o estado de enamoramento permanente que procuro desde o tempo em que este se fez presente na minha vida, quase no início desta minha caminhada, para uns tempos depois dizer: “já chegas, agora procura-me tu”, fazendo-me sentir enquanto durou, a plenitude de estar “apaixonada”... fazendo-me sentir enquanto durou, como tudo era belo à minha volta e como tudo o que não pertencia a esse estado não tinha qualquer importância.
Era alegria, era amor quente de dentro para fora.

Abruptamente, para que pudesse sentir bem a diferença, acabou. Sofri o mais profundo e intenso desgosto de amor, em nada comparado aos comuns que já havia sentido antes. A dor mais intensa causada pela separação desse estado. Chorei-a intensamente e choro-a, inconsolável busco sentir novamente. Aprendi depois a aceitar essa dor vivenciando-a, sentindo-a no fundo de mim, a aceitar que teria de passar por um largo período de purificação até voltar a sentir-me assim.

Tudo o que me possa ajudar nessa conquista eu exploro, eu utilizo e gradualmente sei que me vou aproximando cada vez mais, com os pequenos milagres das minhas tomadas de consciência e nas conquistas de mim própria que vou fazendo.

Educo a minha mente a fazer-se presente. Isto de educar uma mente habituada a fervilhar num turbilhão de pensamentos não é nada fácil... e aprendo a utilizá-la em exercícios que vão aumentando gradualmente os meus Momentos Presentes.

Senti que se tornava mais fácil sempre que começava o meu dia vivenciando primeiro a dor da minha incapacidade humana, a dor da minha impotência, essa imensa dor da separação e da falta de unidade que em tudo buscamos compensação para a não sentir. Entrego-a no regaço da Mãe para que ao ser transmutada em luz e amor seja jorrada sobre o planeta.

Sinto depois o Amor da minha Presença invadir todo o meu ser e deixo-me ficar no silêncio apenas. Sinto que algo vai acontecendo, não sei e talvez não seja mesmo importante saber. Apenas fico...

Durante o dia, continuo a exercitar a mente a ir para dentro, sempre que me apercebo que não estou no meu centro, no meu presente, e com isto aprendi também que quanto mais intensamente faço a luz entrar nos meus momentos de quotidiano, mais forte é também a sensação de libertar densidade através das minhas tomadas de consciência, mais forte é também a sensação de conquista de um estado de quietude amorosa, uma dádiva conquistada, uma recompensa dada a mim própria por cada instante levado neste propósito.

Sinto uma crescente gratidão por tudo que Agora “vejo” e sinto, essa capacidade que vou adquirindo à medida que avanço neste sentimento que vou conquistando.

Sinto que por aceitar vivenciar esta dor tão intensa, a que eu chamo a mãe de todas as dores, aceitando confrontar-me, aceitando como dói, que ela se vem transformando na conquista lenta, gradual desse estado de enamoramento que busco há tanto tempo.


Acrosh

1 comentário:

Anónimo disse...

Com o é bom estarmos enamorados de nós mesmos.....sentirmos que nos amamos e gostamos de nós essa seria a unica perca verdadeiramente dificil, tudo mais é ilusão.
Leio á muito o que escreve e a admiro mas agora ao ler este texto, nãos sei senti vontade de lhe dizer quando nos enamoramso de nós mesmos nos completamos e não necessitamos que outro ser venha e ocupe esse lugar. Tenhoa prendido que só quando isso acontecer ai sim o Universo colocará alguém junto a nós, não porque necessitamos, não para preenchimento do vazio, não por necessidade de algo que o outro nos possa dar mas porque todas essas coisas já estão em nós.

Perdoa o meu atrevimento em escrever tudo isto, eu que nada sei e estou no caminho a aprender á custa de muita dor, exactamente como se quer :-)

Um beijo no coração

Teresa